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RIO
Após morte de filho, mãe acusa hospitais públicos de negligência
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO
A dona-de-casa Neiva Silva
Cid, 34, acusa os médicos de
dois hospitais da rede pública
do Rio, ambos na zona sul, de
negligência no atendimento ao
seu filho, Pedro Henrique Batista Silva, 2, que morreu ontem pela manhã de causa ainda
não identificada. Ela registrou
queixa na 14ª DP (Leblon).
Na noite de sábado, Neiva levou o filho ao Hospital Municipal Rocha Maia (Botafogo) porque ele estava abatido e febril.
Lá, foi diagnosticado que ele sofria de inflamação das vias respiratórias. A médica aplicou-lhe uma injeção de dipirona e o
liberou.
Segundo a mãe, por volta das
4h, ele acordou vomitando e
evacuando, com febre alta, e foi
levado à emergência do hospital Miguel Couto (Leblon).
"Eu cheguei lá às 5h30, fiz a
ficha, mas não tinha nenhum
médico. Fiz um escândalo e,
mesmo assim, ninguém veio
atender ao meu filho. Ele agonizou nos meus braços até as
6h10, quando foi atendido",
conta Neiva.
Poucos minutos depois, a
mãe foi informada de que o filho havia morrido. Segundo ela,
os médicos disseram que a
criança foi vítima de meningite.
Até o encerramento desta edição, o laudo do IML (Instituto
Médico Legal) ainda não havia
sido divulgado.
Além da demora no atendimento ao menino no Miguel
Couto, ela reclama que a equipe
do Rocha Maia não fez exames
preventivos que poderiam ter
diagnosticado a doença.
A Secretaria Municipal de
Saúde afirma que a equipe do
Rocha Maia agiu de forma correta e que o paciente já chegou
em choque ao Miguel Couto,
onde foi prontamente atendido. Em seguida, sofreu uma parada cardíaca e morreu. Ainda
segundo o órgão, somente o
laudo do IML poderá confirmar a causa da morte.
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