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Serra é alvo de protestos durante desfile
Grupo de policiais civis vaiou o governador, que não se manifestou; categoria está em estado de greve
DIANA PIMENTEL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA ONLINE
FABIANA REWALD
DA REDAÇÃO
O governador de São Paulo,
José Serra (PSDB), foi alvo ontem de um protesto de policiais
civis durante o desfile cívico-militar em comemoração do
Dia da Independência, no sambódromo do Anhembi (zona
norte de São Paulo).
Assim que começou o desfile,
por volta das 10h15, um grupo
ligado a sindicatos como o dos
investigadores e dos escrivães
começou a gritar palavras de
ordem, como "José Serra, não
sou otário, nossa polícia está
brigando por salário". Depois,
vaiaram o governador, que não
reagiu ao protesto.
"Fomos ali para mostrar à
população nosso descontentamento", disse o presidente do
Sindicato dos Investigadores
de Polícia do Estado de São
Paulo, José Batista Rebouças.
O presidente do Sindicato
dos Escrivães de Polícia do Estado de São Paulo, Valter Honorato, queixou-se de que foi
impedido de empunhar uma
faixa de protesto. "É cerceamento de expressão."
Os policiais civis reivindicam
reajuste salarial. Eles estão em
estado de greve desde 13 de
agosto, quando paralisaram
parcialmente o registro de
ocorrências durante meio dia.
Na última sexta-feira, em audiência no Tribunal Regional
do Trabalho, não houve acordo
entre o governo e policiais civis.
Por isso, segundo Rebouças,
a categoria deve decidir na manhã de hoje por uma retomada
da paralisação, com a manutenção de 80% do efetivo nas delegacias. O movimento deve recomeçar na terça-feira e durar
até que o dissídio seja julgado
pelo TRT -o que deve levar
cerca de dez dias, diz Rebouças.
Cerca de 20 mil pessoas foram ao desfile. Após o encerramento, Serra foi embora sem
falar com a imprensa.
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