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GILDA MARIA GRUMBACH MENDONÇA (1940-2008)
Na defesa da educação a distância
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Gilda Maria Grumbach
queria desmistificar a educação a distância. Coordenadora da área na UniRio (Universidade Federal do Estado
do Rio de Janeiro), dizia que
aquele modelo de ensino era
vítima de preconceito.
Além de achá-lo eficiente,
apontava as vantagens: o
custo com locomoção era
nulo, e ficava permitido, inclusive, que atividades educacionais fossem realizadas
nos locais de trabalho. A educação a distância era uma
exigência do momento, disse
no título de um texto.
Filha de um dentista e de
uma dona-de-casa, Gilda
nasceu na Tijuca. Estudou
num colégio de freiras e, depois, formou-se professora
primária por um instituto de
educação. Pela Universidade
Gama Filho, bacharelou-se
em pedagogia.
Em 1965, casou-se com um
comerciante, com quem teve
três filhas. O quarto filho, homem, veio do segundo casamento. Além de ter exercido
um cargo de direção na Gama Filho, Gilda trabalhou
também na Secretaria Municipal de Educação do Rio.
"Ela era muito idealista",
lembra a amiga também professora. Há 12 anos, teve um
câncer de mama diagnosticado. Enfrentou a doença e a
depressão. Depois de oito
anos de luta, achou que tivesse vencido o câncer, mas ele
voltou nos três últimos anos.
Mesmo doente, não largou
o trabalho. Aposentou-se
pouco antes de morrer, na
terça passada, no Rio, aos 67,
vítima da doença. Deixou
quatro filhos e cinco netos.
obituario@folhasp.com.br
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