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PLANTÃO
Obesidade e pouco exercício criam problemas ao coração
JULIO ABRAMCZYK
Uma vacina pode evitar uma
doença transmissível. Da mesma forma, alertar e educar a população para afastar fatores de
risco de danos nas artérias coronárias faz a sua prevenção. Cerca de 20% dos infartados com
coronárias gravemente comprometidas têm morte súbita;
40% nos primeiros 30 dias.
Vários países já identificaram
a prevalência dos fatores de risco para as coronárias em suas
populações. No Instituto de
Cardiologia do Rio Grande do
Sul, em Porto Alegre, o médico
Iseu Gus e colaboradores do
Serviço de Epidemiologia (Airton Fischmann e Cláudio Medina) efetuaram um levantamento
sobre a frequência desses fatores
na população do Estado do Rio
Grande do Sul.
A pesquisa, publicada nos
"Arquivos Brasileiros de Cardiologia", mostra como os gaúchos estão sujeitos aos fatores de
risco: 60% da população, de todas as idades, tem vida sedentária (não pratica exercícios); pouco mais de 54% da população
tem excesso de peso; 33,9% são
fumantes e 15% são hipertensos.
Como o percentual de portadores de fatores de risco aumenta com a idade, os autores alertam para a necessidade de medidas preventivas pelo progressivo aumento do número de idosos no Brasil. A consequência
será um maior número de doentes do coração na população
com o passar dos anos.
Iseu Gus e colaboradores observam ainda que a doença das
coronárias é a quinta causa de
morte em todo o mundo. E passará a ser a primeira, se nada for
feito para a sua prevenção. Citando pesquisa de P. A. Lotufo,
lembram que no Brasil ocorrem
300 mil mortes anuais por doença cardíaca. Praticamente 820
por dia.
E-mail - julio@uol.com.br
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