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Pesquisadora mata marido com tiro na cabeça em SP
Na casa onde o assassinato ocorreu, na zona oeste de SP, foi encontrado arsenal capaz de derrubar um helicóptero
Mulher deu duas versões para crime; disse que o marido abusava da irmã dela; depois, afirmou que ele confessou a traição e havia pedido divórcio
DO "AGORA"
A pesquisadora Michele Maciel Saragosa Ferreira, 25, ligou
para a Polícia Militar logo após
matar o marido, o bancário
Marcos de Moraes Barros, 44,
com um tiro na cabeça enquanto ele dormia. Na ligação, às
16h20 de anteontem, ela confessou à PM ter cometido o crime por ciúmes.
Já presa, Michele deu duas
versões sobre o caso. Primeiro,
disse à PM que matou o marido
porque ele abusava da irmã dela, de 14 anos, havia quatro
anos, e que "era um pedófilo".
Depois, já na delegacia, disse
que flagrou a irmã com o marido há seis dias e que, anteontem, ele confessou a traição e
pediu o divórcio, segundo o delegado André Luiz Antiqueira.
Além do ciúme, a polícia investiga outra motivação para o
crime: a divisão de uma herança de R$ 1,5 milhão da família
da pesquisadora.
Na casa deles, na Vila Sônia
(zona oeste de SP), a PM
apreendeu 34 armas, entre elas
seis espingardas e oito fuzis-
todos de uso exclusivo das Forças Armadas. Das sete metralhadoras, quatro (Browling .30)
são capazes de derrubar um helicóptero e uma (.50) tem uso
proibido pela ONU (Organização das Nações Unidas).
A Polícia Civil pediu explicações ao Exército e investiga se
Barros tinha relação com criminosos. Os policiais suspeitam que o bancário fosse armeiro e consertava armas.
A arma do crime, uma pistola
calibre 380, estava em um escritório de Barros, onde foram
encontrados 70 kg de munição.
A polícia não sabe como ele adquiriu o armamento.
Segundo Michele, a irmã era
abusada pelo companheiro havia quatro anos. Ela e o bancário não eram casados oficialmente, mas viviam juntos havia
seis anos. Michele está presa no
97º DP (Americanópolis).
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