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Três pessoas morrem na 18ª chacina do ano em São Paulo
Foi a primeira chacina após a prisão do soldado acusado de matar em janeiro o comandante da PM na zona norte da capital
Vítimas conversavam em rua na Cachoeirinha, na zona norte, quando os atiradores chegaram; os homens foram mortos com diversos tiros
DA REPORTAGEM LOCAL
DO "AGORA"
Três homens foram assassinados ontem na Cachoeirinha,
zona norte de São Paulo, na 18ª
chacina ocorrida no Estado
neste ano. Segundo a polícia, as
vítimas foram executadas com
tiros de pistola e de espingarda.
A chacina ocorrida ontem foi
a primeira após a prisão do soldado Pascoal dos Santos Lima,
32, acusado pela morte do coronel José Hermínio Rodrigues,
48, comandante da Polícia Militar na zona norte de São Paulo, ocorrido em janeiro.
Rodrigues investigava grupos de policiais militares do
18º Batalhão da PM por participação em grupos de extermínio
na zona norte da cidade.
Segundo a polícia, o crime
ocorreu por volta das 2h15 de
ontem na altura do número 141
da rua Pires de Almeida.
As vítimas foram o vigilante
Noguerto Rohregger, 30, o desempregado Lucas Rezende do
Vale, 18, e o funcionário de lava-rápido Lucas Soares Martins,
20. Apenas Vale tinha passagem pela polícia porte de entorpecentes na Fundação Casa.
Segundo a polícia, o trio estava conversando na rua, ao lado
do Vectra azul de Rohregger,
quando os atiradores chegaram. Eles foram mortos com
diversos tiros de espingarda calibre 12 e de pistola calibre 380.
"Eu estava em casa e ouvi pelo menos dez tiros, não pararam de atirar. Fiquei abaixado
próximo à janela e só levantei a
cabeça quando ouvi uma porta
de carro bater. Não vi a cara dos
bandidos, só o carro deles descendo a rua", disse uma testemunha que pediu anonimato.
Segundo o delegado Fábio
Guedes Rosa, da delegacia de
homicídios múltiplos do DHPP
(Departamento de Homicídios
e de Proteção à Pessoa), testemunhas também ouviram uma
mulher pedir para que as vítimas não fossem mortas.
PMs foram chamados por
testemunhas que ouviram os
tiros. Ao chegar ao local, encontraram Rohregger morto com
os pés ainda dentro do carro e
seu amigo Rezende caído no
chão, a cerca de 15 metros do
veículo. Martins ainda estava
vivo e foi levado para o pronto-socorro, onde morreu.
Segundo Diogo do Vale, primo de Lucas, o trio sempre saía
junto à noite para se divertir.
Eles moravam em uma rua próxima e às vezes jogavam futebol
e andavam de skate na rua onde
ocorreu o crime.
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