DA REPORTAGEM LOCAL

A polícia não tinha encontrado, até a conclusão desta edição, as barras de ferro que teriam sido utilizadas no assassinato do casal Richthofen, ocorrido na semana passada em São Paulo. Daniel Cravinhos de Paula e Silva, 21, e seu irmão, Cristian Cravinhos de Paula e Silva, 26, disseram à polícia anteontem que essas foram as armas que utilizaram.
A estudante Suzane Louise von Richthofen, 19, filha do casal assassinado e namorada de Daniel, aparentou tranquilidade e não conversou com as demais detentas em sua primeira noite de prisão, no 89º DP (Portal do Morumbi), de acordo com policiais.
Anteontem, ela confessou à polícia ter participado do crime. A estudante, o namorado e Cristian tiveram prisão temporária decretada por dez dias.
"Ela disse apenas que queria ter a chance de pedir perdão para o irmão [Andreas, 15", mas não quer fazer isso pela imprensa", disse a carcereira Cristiane Lelis.
À tarde, segundo um policial, Suzane pediu que telefonassem para seu tio, solicitando que ele fizesse contato com um advogado. Ela teria chorado, segundo relato desse mesmo policial.
Anteontem, Suzane escreveu uma nota dizendo que não pretendia dar entrevistas. Ontem, jornalistas encaminharam um bilhete a ela, solicitando entrevista, mas Suzane não tinha respondido até a conclusão desta edição.
De acordo com a delegada plantonista Paula Fernandes, ontem a estudante acordou por volta das 8h30. Segundo a delegada, Suzane não recebeu visitas.
As demais detentas teriam fornecido a ela uma calça, uma camiseta e chinelos, segundo a delegada. Na carceragem, há outras dez detentas, acusadas de estelionato, homicídio e tráfico.
Ontem, a Folha voltou a tentar contato com a advogada que, segundo a Secretaria da Segurança Pública, acompanhou o depoimento de Suzane. Ela não respondeu aos recados.


Texto Anterior: Parada da paz
Próximo Texto: Panorâmica - Voluntariado:
Índice