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TRANSPORTE
Máquinas de venda de passagens foram desativadas em março
Aumenta fila na bilheteria do metrô
DO "AGORA"
São 18h30 da segunda-feira. Pelo menos, 60 pessoas aguardam
para ser atendidas em uma das
três bilheterias da estação Barra
Funda (zona oeste) do metrô. A
espera é, em média, de seis minutos -o dobro do tempo considerado aceitável, segundo padrões
estabelecidos pelo sistema de controle de qualidade do Metrô.
Que filas existem nas bilheterias
não é novidade. Agora, o que
poucos sabem é que elas aumentaram no último mês. O motivo é
a desativação das máquinas de
venda de bilhetes em março, o
que obrigou os usuários a recorrerem aos guichês.
O Metrô calcula que, com a interrupção no funcionamento das
máquinas, cerca de 50 mil pessoas
por dia voltaram a procurar as bilheterias -um aumento de 14%.
A reportagem acompanhou na
última semana o atendimento em
11 estações do metrô em horários
de pico para verificar o impacto
dessa mudança. Resultado: em
quatro estações (Sé, Barra Funda,
Corinthians-Itaquera e Paraíso),
o tempo de espera nas filas extrapolou a marca de três minutos,
outras quatro (República, Tietê,
Jabaquara e Anhangabaú) ficaram dentro desta média, e o restante (Santana, Tatuapé e Artur
Alvim) apresentou desempenho
acima dos padrões exigidos.
A pior situação foi verificada
nas estações Paraíso e Corinthians-Itaquera, com um tempo
médio de espera de seis minutos.
A menor fila foi encontrada em
Santana e Artur Alvim -espera
de até um minuto.
Outro fator que contribui para a
demora no atendimento e irrita os
usuários é a existência de guichês
fechados mesmo nos horários de
maior movimento. Na Barra Funda, por exemplo, de oito bilheterias, apenas três estavam abertas
por volta das 18h30 da segunda.
"Se desativaram as máquinas,
deveriam ter aumentado o número de bilheterias abertas", disse a
estudante Suelen Gualda, 21.
Das 11 estações avaliadas pela
reportagem, apenas três estavam
com todos os guichês abertos na
momento da visita. Segundo o
Metrô, as máquinas eram responsáveis por 30% da venda de bilhetes -o equivalente a 1,4 milhão
por mês. Esse percentual chegou
a 4% em fevereiro passado.
O metrô atendia, em média, cerca de 350 mil pessoas por dia nas
bilheterias. Hoje estima-se que sejam aproximadamente 400 mil.
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