|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
SANTO GALLI SOBRINHO (1956-2008)
O requisitado técnico em eletricidade
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
A pesca com o irmão em
Peruíbe, no litoral sul de São
Paulo, foi recusada naquela
semana. Alegando rotina
atribulada, Santo Galli Sobrinho respondeu que não, não
ia dar, estava cheio de trabalho: em Ribeirão Preto (SP),
precisavam dele para reparos em algumas máquinas.
Técnico em ar-condicionado, Galli Sobrinho andava
pra lá e pra cá na companhia
dos inseparáveis aparelhos
celulares que tinha. Era um
tocando aqui, outro acolá,
uma confusão de chamadas
que só ele sabia administrar,
todos com alguém do outro
lado da linha precisando urgentemente de seus serviços.
Quando chegou a Ribeirão,
apitou um dos telefones -e o
interlocutor avisou: era pra
ele voltar correndo a São
Paulo, tinha trabalho a fazer.
Natural de Jaú, no interior
de São Paulo, Galli Sobrinho
aprendeu com o irmão -que,
por sua vez, aprendeu com o
pai- os pormenores elétricos de um carro. Começou
como eletricista de automóveis, mas, há dez anos, investiu num mercado que considerou promissor: o de ar-condicionado. Especializou-se. "Ele aprendia rapidamente as coisas", lembra o irmão.
No dia 22 de julho, após retornar de viagem, uma explosão inesperada durante a
manutenção de um ar-condicionado do Conjunto Nacional, na av. Paulista, o feriu
gravemente. Morreu na
quinta, aos 51, em São Paulo,
devido a infecções causadas
pelas queimaduras que lhe
tomaram 60% do corpo. Deixa dois filhos e um neto.
obituario@folhasp.com.br
Texto Anterior: Mortes Próximo Texto: Vestibular: USP abre hoje inscrição para avaliação seriada Índice
|