São Paulo, segunda-feira, 11 de agosto de 2008

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SANTO GALLI SOBRINHO (1956-2008)

O requisitado técnico em eletricidade

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

A pesca com o irmão em Peruíbe, no litoral sul de São Paulo, foi recusada naquela semana. Alegando rotina atribulada, Santo Galli Sobrinho respondeu que não, não ia dar, estava cheio de trabalho: em Ribeirão Preto (SP), precisavam dele para reparos em algumas máquinas.
Técnico em ar-condicionado, Galli Sobrinho andava pra lá e pra cá na companhia dos inseparáveis aparelhos celulares que tinha. Era um tocando aqui, outro acolá, uma confusão de chamadas que só ele sabia administrar, todos com alguém do outro lado da linha precisando urgentemente de seus serviços.
Quando chegou a Ribeirão, apitou um dos telefones -e o interlocutor avisou: era pra ele voltar correndo a São Paulo, tinha trabalho a fazer.
Natural de Jaú, no interior de São Paulo, Galli Sobrinho aprendeu com o irmão -que, por sua vez, aprendeu com o pai- os pormenores elétricos de um carro. Começou como eletricista de automóveis, mas, há dez anos, investiu num mercado que considerou promissor: o de ar-condicionado. Especializou-se. "Ele aprendia rapidamente as coisas", lembra o irmão.
No dia 22 de julho, após retornar de viagem, uma explosão inesperada durante a manutenção de um ar-condicionado do Conjunto Nacional, na av. Paulista, o feriu gravemente. Morreu na quinta, aos 51, em São Paulo, devido a infecções causadas pelas queimaduras que lhe tomaram 60% do corpo. Deixa dois filhos e um neto.

obituario@folhasp.com.br


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