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Após 15 dias preso, "maníaco" tem acesso a defensor
Ele disse ter causado entre 20 e 50 mortes, afirma defensoria
JULIANA COISSI
EM SÃO PAULO
Quinze dias após ter sido preso e de ter, segundo a polícia,
confessado vários crimes,
Leandro Basílio Rodrigues, 19,
chamado por policiais de o
"maníaco de Guarulhos", teve
acesso ontem, pela primeira
vez, a seus defensores públicos.
De acordo com a defensoria, ele
admitiu, de forma vaga, ser responsável por "entre 20 e 50"
mortes.
Em audiência com o juiz-corregedor Jayme Garcia dos Santos Júnior, o acusado afirmou,
segundo defensores, ter sido
pressionado a confessar. Os policiais, segundo ele, o xingaram
e cuspiram nele. Quando perguntado se tinha condições de
reconhecer esses policiais que
teriam o coagido, disse: "Prefiro deixar por isso mesmo".
Os encontros com a defensoria ocorreram um dia após a
Folha divulgar que ele ainda
não havia tido contato nem
com defensores ou advogados.
Segundo o defensor Luiz
Eduardo de Toledo Coelho, 27,
quando o rapaz foi questionado
se sabia que poderia ficar até 30
anos preso, disse: "Ah, mas esse
não foi o acordo". "Que acordo?", perguntou Coelho. "Acordo que fiz com o delegado."
A Secretaria da Segurança
Pública, em nota, disse que
nunca houve acordo, xingamento ou qualquer forma de
pressão ao acusado. Segundo o
delegado Jakson César Batista,
o direito a um advogado, além
de informado verbalmente a
Rodrigues, consta nos documentos assinados por ele durante os interrogatórios.
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