São Paulo, terça-feira, 12 de agosto de 2008

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entrevista

Reivindicações são irreais, diz secretário

DA REPORTAGEM LOCAL

O secretário estadual de Gestão Pública, Sidney Beraldo, afirma que as exigências feitas por sindicatos e associações de policiais são irreais. Ele disse não acreditar que a greve seja deflagrada.

 

FOLHA - O governo apresentará uma proposta de reajuste salarial para as entidades de classe da polícia?
SIDNEY BERALDO
- A soma das reivindicações [feitas pelos sindicatos e associações] é muito irrealista. Se fossem atendidas, nós mais que dobraríamos a folha de pagamento anual do Estado. A soma chega a R$ 7,9 bilhões. Quando as reivindicações saem da realidade, fica difícil manter um diálogo.

FOLHA - O que o senhor acha das demais exigências?
BERALDO
- A reivindicação de eleição direta do delegado-geral, além de inconstitucional, é inadmissível. Estamos regulamentando a questão da gratificação para delegados que acumulam cargos em outras delegacias. Também estamos propondo uma pequena reestruturação na carreira da Polícia Civil, eliminando a 5ª classe. Isso vai criar cargos e facilitar as promoções futuras. Não basta dar apenas um aumento. Queremos fazer a reestruturação das carreiras da Polícia Civil. Só que antes do percentual [de aumento] precisamos definir o tamanho da reestruturação. Queremos que a reestruturação passe por um processo de discussão com as entidades de classe e a partir daí vamos estabelecer um percentual. Queremos ter proposta [de aumento salarial] para 2009 e 2010, até o final do governo Serra.

FOLHA - A possibilidade de greve é real?
BERALDO
- Eu não acredito. Acredito no bom senso das entidades. O governo está agindo com seriedade, queremos deixar claro que vamos aprofundar a discussão. Uma greve traz problemas de segurança para a população, por isso fazemos um apelo.


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