São Paulo, domingo, 13 de fevereiro de 2011 |
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CÁSSIO ORBEZ SCHUBSKY (1965-2011) Resgatou a memória jurídica ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO Aos dez anos, Cássio Orbez Schubsky enviou da colônia de férias uma carta à mãe, pedindo que ela lhe mandasse um livro. Queria presentear o novo amigo que fizera. Desde pequeno, o menino já demonstrava atração excessiva pelos livros. Quando cresceu, não encarava fila de banco sem um nas mãos e, sempre que tomava o metrô até o trabalho, tinha alguma edição debaixo dos braços. Cássio fez história na PUC e direito na USP. Formou-se nas duas no início dos anos 90. Nos tempos de largo São Francisco, foi secretário-geral do centro acadêmico 11 de Agosto, sobre o qual escreveria um livro. Uma vez formado, não foi advogar; preferiu juntar história com direito. Em 1997, criou a Editora Lettera.doc, cujo catálogo resgata a história das instituições jurídicas no país e das personalidades da área. Cássio escreveu sobre a Associação dos Advogados de SP, sobre o jurista Clóvis Beviláqua e é coautor de "Estado de Direito Já - Os 30 Anos da Carta aos Brasileiros". Publicou até sobre o direito na vida e na obra de Machado de Assis. Ultimamente, trabalhava num livro sobre o Teatro Municipal. Era colaborador desta Folha. Como lembra a mãe, Célia, o filho tinha tiradas inteligentes e era muito exigente e crítico consigo próprio. O trabalho ele conciliava com a educação de Gal, a filha de 13 anos com quem morava, sua "prioridade nº 1". Nas últimas férias juntos, ela lembra, foram com a companheira dele, Eliana, para Pouso da Cajaíba (RJ). "Ele estava muito feliz lá", conta. Na terça, aos 45, ele não resistiu a um infarto e morreu. coluna.obituario@uol.com.br Texto Anterior: Mortes Próximo Texto: SP quer troca de semáforo ultrapassado em um ano Índice | Comunicar Erros |
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