São Paulo, terça-feira, 13 de setembro de 2011

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Uso do Belas Artes como cinema não será tombado

Preservação deverá ser apenas do imóvel

VANESSA CORREA
DE SÃO PAULO

A tentativa de reabrir o Cine Belas Artes, na região central de São Paulo, sofreu mais uma derrota. O DPH (Departamento do Patrimônio Histórico) emitiu um parecer que aponta que não há argumentos para tombar o uso do local como cinema.
O diretor do órgão municipal, Walter Pires, diz que recomendou o tombamento do Belas Artes apenas por suas características arquitetônicas, mas nada garante que o espaço, usado como cinema desde 1967, volte a funcionar.
O local foi fechado em março passado após o aumento no valor do aluguel do imóvel, o que tornou impossível a sobrevivência do cinema, dizem os inquilinos. O fechamento gerou uma série de protestos.
O tombamento do uso foi descartado após consulta à Procuradoria-Geral do Município. Segundo avaliação do órgão, o tombamento se limita à preservação das características arquitetônicas e sugere a desapropriação do imóvel, caso se deseje preservar seu uso como cinema.
A Secretaria Municipal da Cultura diz que não tem interesse no Belas Artes já que há outros cinemas em processo de desapropriação: Art Palácio, Ipiranga e Marrocos, todos no centro.
Segundo Pires, o parecer do DPH é favorável à preservação das proporções do edifício e de elementos da fachada, em arquitetura modernista, além de partes do saguão.
A Folha apurou entre os conselheiros do Conpresp que a decisão será contrária ao tombamento.
O MBA (Movimento do Cine Belas Artes) decidiu, após o parecer da Procuradoria, que vai protocolar um pedido de preservação do local como bem imaterial da cidade.
A votação sobre o tombamento está prevista para hoje, mas pode ser adiada caso algum conselheiro peça vistas para analisar o processo.


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