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Viagem a Minas deu origem à idéia
DA REDAÇÃO
A Imagem Mágica surgiu em
1995, quando o fotógrafo André
François fazia um documentário
no interior de Minas Gerais e emprestou sua câmera fotográfica
para um menino. Ao notar o deslumbramento do garoto com as
imagens reveladas, François percebeu que podia educar o olhar
das crianças pela fotografia.
Primeiro individualmente,
François levou sua proposta a escolas e buscou parceiros na iniciativa privada e no terceiro setor.
Com o tempo, reuniu outros profissionais até que, há dois anos,
constituiu a organização na forma de uma Oscip (Organização
da Sociedade Civil de Interesse
Público).
A estrutura de uma Oscip permite que qualquer financiamento
seja abatido no Imposto de Renda, e não faltam entusiastas do
projeto. "Não há quem não conheça nossa proposta e não se
apaixone por ela", diz François.
O caso da Aldeia do Futuro é
exemplar. Iniciada timidamente
em fevereiro como uma atividade
complementar, a Oficina do
Olhar causou um impacto tão positivo que forçou a abertura de
um novo curso profissionalizante, o de fotografia.
"O mais interessante é que o pedido veio dos jovens", conta Genilva de Sousa Borges, diretora
pedagógica da Aldeia. "A exigência, vinda deles na forma de negociação, sem revolta, já é um grande passo", diz.
Além do trabalho social, a Oscip
organiza Oficinas para Escolas.
Aplicadas na diretoria de ensino
centro-oeste da Secretaria Estadual de Educação, essas células de
educação praticamente eliminaram a evasão escolar durante o
período de recuperação intensiva
de férias, de 2000 para 2001.
"Meu próprio filho se entusiasmou com a aula e não entrou
mais em recuperação", testemunha o assistente técnico pedagógico da diretoria centro-oeste, Rui
Esteves. "Agora estamos querendo aprovar um projeto interdisciplinar para treinar professores
para que possam trabalhar com
fotografia na sala de aula."
Em torno de 1.175 professores e
educadores paulistas já foram capacitados pela Imagem Mágica, e
François acumula 500 ofícios de
escolas públicas solicitando o treinamento. Aprovação ao projeto,
pelo visto, não falta. "Falta quem
concretize as doações", lamenta
François.
(LF)
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