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Seis variáveis formam novo indicador
DA REPORTAGEM LOCAL
O IVJ (Índice de Vulnerabilidade Juvenil) reúne seis variáveis
que a Fundação Seade considera
importantes para a análise do risco de contaminação dos jovens
pela violência urbana.
Entraram no cálculo a taxa de
crescimento populacional, o número de jovens (15 a 19 anos) residentes no local, a taxa de mortalidade por homicídio nessa faixa de
idade, o percentual de mães adolescentes grávidas, o valor do rendimento do chefe de família e os
jovens fora da escola.
Os distritos da capital paulista
foram classificados em cinco grupos, do menor para o maior, segundo a quantidade de pontos
que obtiveram na avaliação das
seis variáveis que formam o IVJ.
O desemprego ficou de fora
porque, segundo a pesquisadora
Felícia Madeira, não existem dados confiáveis divididos por regiões da cidade. No lugar, está o
rendimento do chefe de família,
que, conforme estimativa do IBGE, representa no país em torno
de 70% do ganho familiar.
O item de mães adolescentes
entrou no cálculo do índice para
mostrar o comprometimento do
futuro das meninas, que são menos visadas nos crimes violentos
como o homicídio, outra variável
do IVJ. "A situação mais grave para o futuro delas é ter um filho
precocemente", afirma.
Em uma outra etapa do estudo,
Felícia Madeira pretende analisar
os distritos, a partir de dados do
censo de 2000, para encontrar as
áreas mais carentes. ""Mesmo os
bairros do grupo 5 [grau máximo
de vulnerabilidade" são heterogêneos. Neles há bolsões de pobreza
e riqueza", diz a pesquisadora.
Agora, a Seade pretende divulgar o índice e sua metodologia pela internet para incentivar a discussão sobre políticas públicas.
""A população mais carente é
oculta para o poder público porque não chegou a se organizar como determinadas comunidades,
onde há líderes locais e organizações não-governamentais", diz.
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