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"Não gostaram do nosso jeito"
DA REDAÇÃO
"Fizemos a opção pelos pobres,
e eles fizeram a opção pelos pentecostais", diz d. Pedro Luiz Stringhini, bispo católico de uma região que cobre metade da zona
leste da capital -com áreas centrais tradicionais, como Pari e Belém, de presença católica mais
acentuada (76,54% e 75,38%, respectivamente), e também distritos com maior vulnerabilidade
social e com alto percentual de
pentecostais, como São Mateus e
Sapopemba (19,09% e 18,61%).
"Geograficamente, estamos em
todos os lugares, mas não atingimos todas as pessoas. As pernas
da igreja foram mais curtas, não
obstante as operações na periferia
nos anos 70 e 80 e a ação das comunidades eclesiais de base."
O bispo pondera que, talvez, a
igreja tenha sido muito politizada
e sofisticada. "O povo não entendia expressões como "compromisso social da fé", "engajamento
pastoral". As pessoas não gostaram de nosso jeito."
De acordo com Stringhini, a
Igreja Católica deixou, dessa maneira, de atender as aspirações
transcendentais de seu rebanho.
O bispo chama a atenção para o
atual esforço missionário da
CNBB (Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil). A igreja procura
oferecer um atendimento com
um maior contato humano e afetivo. "Temos de aprender isso
com os crentes."
(ECD)
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