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outro lado
Empresas dizem que falta transparência
DA REPORTAGEM LOCAL
O Sindag (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola) afirma que as empresas
não são contrárias ao processo de reavaliação de
agrotóxicos da Anvisa,
mas discordam do método
de trabalho.
Segundo José Roberto
Da Ros, vice-presidente do
Sindag, não há regras
transparentes que garantam a ampla defesa das indústrias. Ele diz que as
empresas não têm acesso
aos dados que motivaram
o processo de reavaliação
dos seus produtos e que
também são exíguos os
prazos para a formulação
de suas defesas.
"Não somos contra [a
reavaliação]. Isso já existe
há muito tempo, no mundo todo. Pedimos para suspender as reavaliações até
que a Anvisa dê o direito
de defesa aos nossos associados", diz Da Ros.
A Anvisa informou que
não comentaria a decisão
judicial. Segundo a subprocuradora-geral da República Sandra Cureau, a
agência cumpriu todos os
trâmites do processo.
Da Ros diz que a Anvisa
instituiu um comitê de
reavaliação dos agrotóxicos, convidou o sindicato
para participar, mas, nos
últimos dois anos, vem tomando decisões isoladas.
"Ela pede os dados, os dados são apresentados, mas
a gente fica sem saber se
foram aceitos. Depois eles
[Anvisa] fazem uma nota
técnica com um monte de
decisões das quais a gente
não participou."
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