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COTIDIANO
Rigor em prisão terceirizada gera rebelião no AM
KÁTIA BRASIL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS
Detentos do presídio de Puraquequara, em Manaus, fizeram
ontem rebelião contra o rigor da
nova administração, terceirizada
no mês passado. O motim começou por volta da 0h e acabou às
15h45 (2h e 17h45 em Brasília),
com a libertação de quatro reféns.
Os cerca de 650 presos aceitaram encerrar a rebelião após uma
comissão prometer a volta da visita íntima, suspensa em agosto pela PM, no próximo fim de semana. Uma sindicância vai apurar
falhas da atual administração, a
cargo da empresa privada Inape
(Instituto Nacional de Administração Prisional). Um refém, um
agente penitenciário, teria entrado só num pavilhão, contrariando
normas de segurança. O Inape
não quis comentar o motim.
Além do agente, três detentos
do "seguro" (cela onde ficam presos jurados de morte) foram feitos reféns e acabaram bastante espancados, segundo vereador Fabrício Lima (PSDB), da comissão.
Em Porto Velho, presos da Casa
de Detenção José Mário Alves, conhecida como Urso Branco, iniciaram às 18h (20h em Brasília) de
anteontem uma rebelião que não
havia terminado até o início da
noite de ontem. Os presos, que fizeram reféns 21 familiares, querem a transferência de 24 presos
para para unidades do interior.
Segundo a direção da unidade,
o motim é liderado por dois supostos membros da facção Comando Vermelho (CV), do Rio.
Em janeiro de 2002, 27 presos
morreram em rebelião no local.
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