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Biólogo sugere a remoção de espécies
DAS REGIONAIS, EM UBATUBA
Para evitar mais danos e dar início a um processo de recuperação
do que já foi causado à ilha, o biólogo Mauro Galetti recomenda
começar pela remoção total de algumas espécies, como capivaras e
sagüis, do local.
Entretanto, dado o número de
animais, uma operação desse porte não seria fácil nem de baixo
custo, mas pode ser necessária, de
acordo com Galetti. "Destruir é
fácil, mas recuperar...", disse.
Além disso, o biólogo afirmou
que é necessário retirar do Parque
Estadual da Ilha Anchieta parte de
algumas populações de mamíferos, como as de quatis e cutias.
Um projeto de recuperação ambiental da ilha deve ser apresentado por Galetti ao Instituto Florestal, órgão vinculado ao governo
do Estado de São Paulo, que administra a área. O pesquisador, no
entanto, não delimitou uma data
para a entrega do trabalho.
Segundo o biólogo, o modelo de
recuperação da ilha deve incluir o
controle da fauna, mas também
da flora, e deve ser feito por lotes.
O projeto foi baseado na recuperação de florestas da serra Nevada, uma região montanhosa no
sul da Espanha, onde a antiga vegetação havia dado lugar a pastagem para caprinos.
Felino
O diretor do parque estadual,
Manoel Fontes, endossa a alternativa de Galetti, mas comenta que
uma outra possibilidade seria a
introdução de outro animal na
ilha: uma jaguatirica, possivelmente. Assim o felino, ou alguns
deles, desde que do mesmo sexo,
poderiam ajudar no controle dos
mamíferos.
O biólogo Galetti vê com ressalvas a proposta de Fontes, que certamente custaria menos aos cofres do governo estadual, mas que
pode não ser efetiva. Isso porque
o animal poderia caçar aves que
pousam no local ou ainda o habitam e acabar agravando o desequilíbrio ecológico já existente na
ilha. Mesmo o diretor comenta a
alternativa com ressalvas, devido
também ao risco de que ela não
seja efetiva.
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