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CNJ aponta tortura de jovens infratores em Santa Catarina
Órgão recomenda fechamento de 2 unidades; secretaria não fala sobre relatório do conselho
FELIPE LUCHETE
DE SÃO PAULO
O CNJ (Conselho Nacional
de Justiça) vai recomendar
ao governo de Santa Catarina
o fechamento de duas unidades de internação de menores, em Florianópolis e em
São José (12 km da capital).
Relatório do CNJ, ao qual a
Folha teve acesso, diz que
no Pliat (Plantão Interinstitucional de Atendimento),
em Florianópolis, os jovens
são algemados ou acorrentados nus e sofrem agressões,
segundo relato feito à equipe
de juízes e técnicos do Judiciário que visitou o local.
O documento compara a
estrutura a "uma masmorra
da Idade Média" e diz que
nas duas unidades "há notícias seguras" de educadores
armados e de castigos físicos
e psicológicos, com uso indiscriminado de algemas.
Somadas, ambas têm 58
"reeducandos", segundo a
Secretaria de Justiça e Cidadania de Santa Catarina.
Ainda conforme o relatório do CNJ, os internos do
Pliat ficam trancados o dia
todo e urinam em garrafas
PET, porque os monitores se
recusam a deixá-los ir ao banheiro. Saem apenas para lavar roupas ou pratos sujos.
A secretaria não respondeu explicitamente sobre a
existência ou não de tortura.
Disse apenas que faria hoje
uma reunião para tomar "as
medidas necessárias".
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