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Prefeitura abre licitação para reformar Santa Ifigênia
Objetivo é revitalizar 16 ruas, praças e áreas comerciais na região da cracolândia
Resultado da licitação sai em 4 meses; as obras, com duração prevista de 1 ano e 3 meses e custo de R$ 16,9 mi, começam até o fim do ano
DA REPORTAGEM LOCAL
A Prefeitura de São Paulo
abriu nesta semana a licitação
para a reforma de 16 ruas, praças e áreas comerciais na região
da cracolândia (centro).
Serão reformadas, entre outras, a rua Santa Ifigênia -tradicional ponto de comércio de
produtos eletrônicos, inclusive
pirateados e contrabandeados- e as avenidas Duque de
Caxias e Cásper Libero.
A prefeitura estima que o resultado da concorrência pública saia em até quatro meses e
que as obras, com duração prevista de um ano e três meses,
comecem até o fim do ano.
As obras devem custar R$
16,9 milhões. O BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) financiará 85% do custo. A prefeitura bancará o resto.
Calçadas mais largas
Na Santa Ifigênia, as calçadas
serão alargadas do atual tamanho de 1,80 m -mais estreito
em alguns casos- para 2,40 m.
O estacionamento será proibido do lado direito da rua.
No total, a reforma abrangerá 4.300 metros de extensão,
segundo a prefeitura. As calçadas receberão um piso de ladrilho hidráulico cinza. A iluminação pública será modificada,
com postes de alturas diferentes -mais baixos em áreas de
grande circulação de pedestres
e mais altos quando a prioridade for para o sistema viário.
Também serão plantadas 154
árvores de várias espécies.
As ruas General Couto de
Magalhães e Mauá e as avenidas Cásper Libero, Rio Branco,
Ipiranga e Duque de Caxias receberão valas técnicas para a
passagem de fibra ótica. Também serão enterrados 800 metros de fios na Cásper Libero.
A reforma da avenida Duque
de Caxias não ficará restrita à
região da cracolândia: será estendida até o largo do Arouche.
As obras são parte do plano
de revitalização da cracolândia,
batizado pela prefeitura de Nova Luz. "Várias ações integradas fazem a revitalização. Não é
do dia para a noite", disse o secretário municipal das Subprefeituras, Andrea Matarazzo.
Outras medidas previstas são
a instalação de órgãos públicos
no bairro -a sede da GCM
(Guarda Civil Metropolitana)
será inaugurada neste mês e serão construídos prédios para
abrigar a Prodam e a Subprefeitura da Sé- e a oferta de incentivos fiscais para a instalação de
empresas na área.
Os benefícios fiscais são válidos para uma área de 23 quadras. A prefeitura já decidiu incluir mais 11 quadras no projeto
por causa da grande demanda
do mercado imobiliário, segundo Matarazzo. O projeto de lei
com a ampliação da área deve
ser encaminhado à Câmara
Municipal ainda neste mês.
(EVANDRO SPINELLI)
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