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Natalidade caiu até entre menos escolarizados
DA SUCURSAL DO RIO
A PNDS (Pesquisa Nacional de Demografia e
Saúde) foi realizada pelo
Centro Brasileiro de Análise e Planejamento com
recursos do Ministério da
Saúde. Ela mostrou que,
de 1996 a 2006, a taxa de
fecundidade caiu de 2,5
para 1,8 filho por mulher.
A queda ocorreu mesmo
entre as mulheres de menor escolaridade e até no
setor rural, onde a média
de filhos por mulher caiu
de 3,5 para 2 no período.
A demógrafa Elza Berquó, coordenadora da pesquisa, explica que vários
fatores contribuíram para
essa diminuição.
Um deles foi o maior
uso, especialmente por
parte da população jovem,
de preservativos.
Ela entende também como positiva a diversificação dos métodos contraceptivos, o que permitiu às
mulheres ter mais opções
antes de optar por métodos como a esterilização.
Outros aspectos citados
por Berquó para analisar a
queda da fecundidade foram a melhoria da escolaridade da mulher, sua
maior participação no
mercado de trabalho e a
disseminação, principalmente por meio da TV, de
um modelo de família menor, com novos padrões de
consumo.
"Essas mulheres querem ter mais acesso aos
bens anunciados, ao mesmo tempo em que desejam
investir melhor na educação e na preparação dos filhos para a vida."
Um só
Elizabeth Silva, 28, Deyse Santos, 36, e Teresa
Cristina Lemos, 37, além
de terem os filhos na mesma creche (Irmãs Batista,
em Copacabana, zona sul
do Rio), têm também em
comum a certeza de que
um filho só é suficiente.
"As pessoas devem ter
consciência de que só dá
para ter mesmo um. Ter
mais dá muito trabalho e
não é possível dar a atenção devida", diz a vendedora Elizabeth.
Teresa Cristina, doméstica, afirma que seu primeiro e único filho foi planejado. Ela diz não enfrentar dificuldade para ter
acesso, nos postos de saúde da prefeitura, ao DIU.
Já Deyse, que é corretora, optou pela camisinha
para evitar a segunda gravidez. "Ter um segundo filho traria muitos custos".
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