São Paulo, quarta-feira, 21 de setembro de 2011

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Blitze da lei seca flagram 13 motoristas por dia na cidade

Média diária de reprovados pelo bafômetro aumenta; em 2010, eram 11 casos

Para Polícia Militar, tolerância social com o uso de bebidas alcoólicas incentiva infratores no trânsito

DE SÃO PAULO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO


Blitze policiais feitas em São Paulo flagraram em média 13 pessoas alcoolizadas por dia neste ano. O número já é maior que no ano passado e que no retrasado, quando esse índice tinha se estabilizado em 11 casos.
Levantamento da Polícia Militar mostra que 2,8% dos 460.745 motoristas que se submeteram ao bafômetro, desde junho de 2008, estavam dirigindo sob a influência de bebidas alcoólicas.
"É mais do que claro que a maioria dos acidentes de trânsito acontece por causa da ingestão de álcool", afirmou o capitão Paulo Oliveira, do Comando de Policiamento de Trânsito.
Para especialistas, as pessoas bebem e dirigem porque é um comportamento socialmente aceitável. "Não há uma coação moral para quem bebe e dirige. A sociedade não olha nem torto para essas pessoas, diferentemente do que faz, principalmente em São Paulo, quando alguém acende um cigarro. Fumar parece ser crime, o que não é. Beber e dirigir, que é, não é tratado como tal", afirmou o advogado e professor de direito de trânsito Marcelo José Araújo.
Apesar das prisões de motoristas embriagados, é consenso no Judiciário que dificilmente uma pessoa será condenada à prisão por dirigir após beber.
Pela lei, quem dirigir alcoolizado pode pegar de seis meses a três anos de prisão. Conhecida por sua tolerância zero ao álcool, as blitze no Rio abordaram mais motoristas do que em São Paulo -foram 579.297 desde março de 2009. Diariamente, sete pessoas são flagradas, em média.
(AFONSO BENITES, ROGÉRIO PAGNAN e JOÃO PAULO GONDIM)


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