São Paulo, quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

MARCIAL DE ARAÚJO LIMA (1944-2011)

De bancário a secretário da Cultura

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Apesar de ter feito carreira no Banco do Brasil, Marcial de Araújo Lima sempre teve forte ligação com a área da cultura. Em sua cidade, Maceió, um teatro leva o nome de seu pai, Lima Filho, precursor do rádio em Alagoas. Na juventude, o próprio Marcial, como ator, foi do movimento de teatro popular.
Formado em história, chegou a dar aulas em universidades e escolas, atividade que conciliava com o banco. Após se aposentar, passou a se envolver com gestão cultural. Participava de discussões e escrevia artigos sobre o tema nos jornais da cidade. Era defensor da profissionalização do gestor da cultura.
Acabaria se tornando secretário da Cultura de Maceió, função que exerceu em duas oportunidades. Também foi diretor de cultura da Secretaria Estadual da Educação. Nessa época, criou um programa chamado Escolas como o Polo Cultural da Comunidade, que rendeu até estudos acadêmicos.
Quando integrou o governo, começou a pensar a cultura por meio das classes populares, lembra o amigo Clébio Araújo, com quem trabalhou. Saiu da secretaria municipal em 2008, sem nunca ter sido filiado a partidos. Fez parte tanto de governos de direita quanto de esquerda.
Em Maceió, também ficou conhecido por ter criado com os amigos o Pinto da Madrugada, um bloco carnavalesco inspirado no Galo da Madrugada de Recife (PE).
Marcial escrevia ainda poemas e fez letras de música. Morreu no sábado, aos 66, em decorrência de uma esclerose lateral amiotrófica, doença neurodegenerativa. Teve quatro filhos e dois netos.

coluna.obituario@uol.com.br


Texto Anterior: Mortes
Próximo Texto: Rinocerontes invadem ruas
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.