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MORTE DE ANIMAIS
Para zôo, causas podem ter sido naturais
Mais 4 porcos-espinhos e 1 cobra morrem no Zoológico de São Paulo
DA REPORTAGEM LOCAL
Mais quatro porcos-espinhos
africanos e uma cobra-cipó morreram ontem no Zoológico de São
Paulo. Desde que as mortes em
série começaram, já são 12 os porcos-espinhos mortos.
Os oito primeiros foram vítimas
de brigas entre eles, em disputa
por território, segundo o zôo.
"Nos últimos quatro, não encontramos sinais de lesões ou choques decorrentes de briga", disse
José Luiz Catão Dias, diretor científico do zôo e que ontem mesmo
fez autópsia dos animais. Exames
para detectar a causa exata das
mortes ainda serão feitos.
Segundo Dias, os porcos-espinhos mortos ontem eram animais
fragilizados: uma estava prenhe,
outro era velho e um terceiro, filhote. É possível também que tenham morrido de infecções decorrentes das brigas. A autópsia
na cobra-cipó ainda não foi feita.
De quinta até ontem, morreram
13 animais. Desde o final de janeiro, 35. Desses, Dias diz acreditar
que ao menos oito morreram por
envenenamento. "As outras me
parecem mortes naturais."
O zôo tem 4.000 animais, e o número de mortes por ano varia de
400 a 500. "Há semanas em que
morrem 20, em outras, dois ou
três", afirma o diretor científico.
A partir de quinta-feira, a direção começa a instalar 20 câmeras
(já existem duas) capazes de monitorar as principais áreas e passagens do zoológico.
Também na quinta-feira, a fundação espera a visita de quatro
técnicos do Ibama (agência ambiental do governo federal), dois
de Brasília e dois de São Paulo. O
Ibama é a instituição encarregada
de autorizar, fiscalizar e até fechar
zôos em todo o país. O Zoológico
de São Paulo é considerado um
dos mais modernos e bem cuidados do mundo.
Ontem, funcionários do zoológico começaram a distribuir folhetos aos visitantes com os dizeres "Vamos defender os animais
do zoológico com unhas e dentes". Um texto menor explicava:
"Alguns animais foram envenenados; a sua ajuda é muito importante. Se você tiver alguma informação, ligue para 0/xx/11/3032-3234". O número é da polícia.
(AURELIANO BIANCARELLI)
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