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Plantão Médico
Aids ainda é uma grave doença
JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA
A Aids ainda é uma grave
doença e continua muito presente em nosso meio. Ela é
prevenível com os necessários
cuidados, principalmente o de
evitar relações sexuais promíscuas.
Tanto o preservativo masculino quanto o feminino podem evitar as infecções pelas
DST (Doenças Sexualmente
Transmissíveis); é suficiente
que apenas um dos parceiros
os use.
Entretanto, duas importantes parcelas da população, os
adolescentes na faixa dos 13
aos 19 anos e os idosos com
mais de 60 anos, sentem-se
imunes ao HIV, o agente causador da Aids.
No 6º Fórum Brasileiro de
Aids, realizado em Santos na
semana passada, a representante do Programa Nacional
de DST/Aids, Rachel Baccarini, disse que ainda existe preconceito em relação à Aids. Os
pacientes não se identificam
como capazes de contrair a
doença, e os médicos sentem-se constrangidos em sugerir o
exame. Baccarini diz que adolescentes do sexo feminino soropositivas já superam em número os meninos infectados.
Para cada 5 meninas há apenas 3 meninos infectados com
o vírus. De 1996 a 2005 foi observada na população feminina do Brasil aumento de 44%
no número de mulheres soropositivas.
Para alcançar os jovens, o
Programa Nacional DST/Aids
leva às escolas o programa
"Saúde e Prevenção nas Escolas", que, em parceria com o
Ministério da Educação,
orienta os adolescentes sobre
as doenças transmitidas sexualmente e sobre o uso do
preservativo.
Também no Fórum, a médica infectologista Eliane Fonseca disse que 2% do total de
casos notificados de Aids são
de idosos, acrescentando que,
nas campanhas de prevenção,
os idosos devem ser incluídos.
"É importante abordar o assunto em clubes da terceira
idade, nas consultas de rotina
de clínica geral ou de geriatria
e promover palestras para discutir a sexualidade do idoso e
sua susceptibilidade", concluiu a médica.
julio@uol.com.br
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