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URBANISMO
O edifício faz parte de um plano de expansão da instituição e deve começar a ser construído no próximo ano
FGV quer construir marco arquitetônico
SÉRGIO DURAN
DA REPORTAGEM LOCAL
Após dois anos de segredo, a Escola de Administração de Empresas de São Paulo (Eaesp), da Fundação Getúlio Vargas, deve começar a construir, no próximo ano, a
nova sede da instituição, localizada ao lado da atual, na avenida
Nove de Julho (centro). Daqui a
dois anos, a FGV comemora o seu
cinquentenário.
Projetado pelo escritório Botti
Rubin Arquitetos, homenageado
recentemente (leia texto nesta página), o prédio deverá se transformar em referência arquitetônica
na região da avenida Paulista.
O edifício faz parte de um plano
de expansão da FGV, mantido até
então em sigilo. Procurado pela
Folha, o vice-diretor da instituição, Fernando de Souza Meirelles,
disse que não podia detalhá-lo,
principalmente no que diz respeito ao orçamento da obra.
Em 2000, a FGV decidiu utilizar
o terreno vizinho à faculdade, de
3.383 m2, de sua propriedade, e
promoveu um concurso de projetos cujo tema era a criação de um
marco arquitetônico na região, já
congestionada de referências.
A proposta futurista dos arquitetos Marc Rubin e Alberto Botti
se encaixou perfeitamente às ambições da instituição.
Eles propuseram uma construção de 24 pavimentos, envolta por
duas persianas de vidro, em forma de asas, que convergem em
uma torre de cem metros de altura. Translúcida, essa torre mudará de cor durante o dia e exibirá
digitalmente todos os índices econômicos feitos pela fundação.
A torre terá 30 metros a mais de
altura em relação ao novo prédio,
e foi pensada para ser vista à distância, inclusive da avenida Paulista. A localização da Eaesp (atrás
do Masp) facilitará a visualização.
Meirelles afirma que a instituição conseguiu manter seus planos
em segredo até que o projeto foi
concluído. Ano passado, perspectivas do edifício foram publicadas
na revista de arte "Ventura", o
que contrariou a diretoria.
"Isso [o prédio" faz parte de
uma campanha enorme que iríamos lançar antes das eleições",
afirma o vice-diretor, sem revelar
nenhum detalhe do plano. O que
se pode deduzir do projeto do
Botti Rubin é que o número de salas de aula da Eaesp será duplicada após terminada a obra.
O projeto foi aprovado recentemente pela prefeitura. Segundo
Marc Rubin, a causa da demora
foi o estacionamento de seis pavimentos subterrâneos. Técnicos
suspeitavam que o número de vagas influiria negativamente no
trânsito da região.
Após quase um ano de debate,
concluiu-se que não seria necessário fazer grandes ajustes.
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