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4 morrem em naufrágio no litoral de Santa Catarina
Barco de madeira com cerca de 12 metros de extensão tinha oito pessoas a bordo
Sobreviventes foram encontrados a 25 km da costa em choque emocional e com hipotermia; todos usavam coletes salva-vidas
JOSÉ EDUARDO RONDON
DA AGÊNCIA FOLHA
Quatro homens morreram
após o naufrágio de um barco
no litoral de Santa Catarina na
noite de anteontem. Dois ocupantes da embarcação permaneciam desaparecidos até o fechamento desta edição. Outros
dois integrantes do grupo foram resgatados com vida.
O acidente foi registrado em
uma área de mar aberto entre
Piçarras e Penha (120 km de
Florianópolis). Os mortos e os
sobreviventes foram localizados na manhã de ontem.
A embarcação -de madeira e
com cerca de 12 metros de extensão- com oito pessoas a
bordo havia saído de Piçarras
com destino a uma ilha da região. O barco levava turistas do
Estado para pescar.
Durante a noite de sábado,
integrantes do grupo telefonaram para familiares informando que havia começado a entrar
água pelo casco do barco.
O sub-comandante do Corpo
de Bombeiros Voluntários de
Penha e Piçarras, Paulo Neves,
disse que os quatro mortos e os
dois sobreviventes foram encontrados a aproximadamente
14 milhas (cerca de 25 quilômetros) da costa e todos usavam
coletes salva-vidas.
Gustavo Merine, 23, e Edson
Flores 36, apresentavam estar
em choque emocional e foram
resgatados com um quadro grave de hipotermia (diminuição
excessiva da temperatura corporal). A temperatura da água
pode ter atingido 5C durante a
noite e a madrugada.
Eles foram encaminhados ao
pronto-socorro de Piçarras e
estavam fora de perigo.
A noiva de Merine, Caroline
Lissaraça da Silva, 28, contou
que ele se recuperava bem, mas
que estava "muito abalado
emocionalmente".
Mecânico, ele tinha combinado com os amigos a pescaria
no final de semana.
"Eu conversei com eles [Flores e Merine], que disseram
que, para deixar a embarcação,
o grupo se uniu e pulou junto
na água. Após meia hora, um
deles já estava morto", disse o
comandante do Corpo de Bombeiros local, Johnny Coelho.
Sem autorização
O delegado da Capitania dos
Portos de Itajaí, o capitão-de-fragata Edilson Salles, afirmou
que o barco estava irregular, já
que tinha autorização para fazer pescarias naquela região,
mas não poderia realizar passeios com passageiros.
Salles disse que o prazo para
a conclusão das causas do acidente e apuração de responsabilidades é de 90 dias.
Entre os quatro mortos está
um homem identificado como
Sérgio, que é apontado pelos
bombeiros e pela Capitania dos
Portos como o dono do barco.
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