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outro lado
Deputado nega acusação e diz ser perseguido politicamente
"Sou chefe de família", disse Natalino Guimarães; para advogado dele, prisão foi "ilegal"
DA SUCURSAL DO RIO
Ao ser preso, o deputado estadual Natalino Guimarães
(DEM) negou ser chefe de grupos de milicianos. "Não existe
nada disso. Eu não faço parte de
milícia. Sou chefe de família.
Estou sendo perseguido politicamente", disse na delegacia.
O advogado do deputado, Jonas Tadeu Nunes, afirmou que
a prisão foi "ilegal". Ele disse
que as duas armas encontradas
com Natalino, uma pistola da
Polícia Civil e uma escopeta, estão registradas.
"Apesar de ter sido expulso,
ele ainda não foi notificado para devolver a arma. A expulsão
dele ainda não transitou em
julgado. A escopeta está registrada em seu nome", declarou
Nunes. O deputado foi expulso
da polícia há duas semanas.
O delegado Marcus Neves
afirmou que o grupo estava
com as dez armas apreendidas
e todos são responsáveis por
elas. "As armas certamente não
brotaram do chão ou caíram do
céu", afirmou.
O advogado diz ainda que Natalino não participava de nenhuma reunião. Segundo o relato do deputado, ele chegava
em casa quando foi abordado
pelos policiais.
Para Nunes, não havia motivo para o seu cliente ser preso
por tentativa de homicídio, já
que não trocou tiros com policiais. A polícia reconhece que
Natalino não atirou, mas, como
estava com o grupo que reagiu à
chegada dos policiais, ele também responde pelo crime.
A defesa de Natalino entrou
com uma representação na
presidência da Alerj (Assembléia Legislativa do Rio). Às 11h
de hoje, os deputados que integram a Mesa Diretora vão se
reunir para analisar os autos da
prisão. Também participam os
parlamentares do Conselho de
Ética e da CCJ (Comissão de
Constituição e Justiça).
Parecer
Se considerar ilegal a prisão,
a CCJ vai formular um parecer
determinando a soltura de Natalino. Esse parecer terá de ser
submetido ao plenário. Como
os deputados estão em recesso
-só voltam em 1º de agosto-,
será preciso convocar uma sessão extraordinária.
A Folha não localizou os advogados de Fábio Pereira de
Oliveira, dos cabos da PM Rogério Alves de Carvalho e Ivilson de Lima, do agente penitenciário Vagner Resende de
Miranda e do assessor parlamentar Julio Pereira da Costa,
presos na operação de ontem.
(IN e FG)
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