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Explosão deixa 2 feridos no Conjunto Nacional
Acidente aconteceu durante manutenção de ar-condicionado e feriu dois técnicos
Houve pânico e tumulto no condomínio, no centro de São Paulo; o trânsito ficou prejudicado na região da Paulista e dos Jardins
Marlene Bergamo/Folha Imagem
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Vítima da explosão do ar-condicionado, técnico de refrigeração é socorrido com queimaduras
VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
EVANDRO SPINELLI
DA REPORTAGEM LOCAL
Dois técnicos em refrigeração ficaram feridos com queimaduras de primeiro, segundo
e terceiro graus -um deles em
60% do corpo- após a explosão
de um aparelho de ar-condicionado durante a manutenção
com um tubo de oxigênio no segundo terraço do Conjunto Nacional, no lado da alameda Santos (centro de São Paulo).
Houve pânico e tumulto no
condomínio, e o trânsito ficou
prejudicado na região da avenida Paulista e dos Jardins. Segundo relatos de testemunhas,
o estrondo foi ouvido no Masp,
a três quadras dali.
A administração do Conjunto Nacional, onde circulam cerca de 30 mil pessoas por dia, informou que a explosão atingiu
o ar-condicionado da academia
Bio Ritmo.
O trabalho de manutenção
preventiva no equipamento era
realizado desde o início da manhã de ontem por funcionários
de uma empresa terceirizada
contratada pela academia.
No momento do acidente,
eles estavam na casa de máquinas do sistema de ar-condicionado e, após a explosão, parte
do fogo correu pelo duto e chamuscou o teto da academia na
área de bicicletas ergométricas.
Santo Galli Sobrinho, 51, foi
levado à UTI de queimados do
Hospital das Clínicas em estado grave e corre risco de morrer. Ele teve queimaduras de
primeiro, segundo e terceiro
graus em 60% do corpo.
A outra vítima, Rildo Elias
Soares, 39, teve fratura exposta
na perna direita e 15% do corpo
queimado. Segundo o HC, o estado dele é estável, ele está
consciente e passou por cirurgia com equipe de ortopedia no
fim da noite de ontem.
Segundo os bombeiros, eles
não trabalhavam com maçaricos nem havia resíduos de cigarro no local.
Moradores do edifício, um
misto de escritórios e apartamentos, disseram ter visto um
homem debelar as chamas do
corpo nos arbustos e gritar por
socorro. O pedido de resgate foi
feito às 14h30. Seis carros dos
bombeiros, uma ambulância do
Samu e um helicóptero da PM
participaram da operação.
"Ouvi uma explosão muito
forte, muito diferente da explosão de uma bomba caseira ou
de uma bomba de São João. Na
seqüência, ouvi um grito de socorro. Quando olhei, vi o funcionário em chamas se jogando
no arbusto", disse o economista
Antônio Cunha Campos dos
Santos, que estava no apartamento da mãe, no segundo andar do prédio.
Gerente de operações do
Conjunto Nacional, Nicolino
Diório diz ter levado um "susto". "A explosão foi muito forte.
Pensei que fosse um acidente
na rua Augusta."
"O chão tremeu no momento
da explosão e houve um corre-corre de pessoas e de policiais",
diz o professor Marcelo Cabral,
que estava na Livraria Cultura.
Evacuação
A academia foi fechada por
cerca de meia hora. Com o susto, moradores e funcionários
começaram a evacuar o prédio
voluntariamente.
A operação, no entanto, foi
interrompida depois de ser
confirmado que a explosão não
havia comprometido a estrutura do edifício, que é tombado
pelo patrimônio histórico.
Segundo o major Jovelino
Barbosa Lima, do Corpo de
Bombeiros, a perícia científica
deve indicar as causas do acidente, que deve ser visto como
"acidente de trabalho". "Foi
uma fatalidade", afirma.
Coordenador da Defesa Civil,
o coronel Orlando Rodrigues
Camargo disse que uma bola de
fogo derreteu a estrutura do ar-condicionado.
Com o acidente, o tráfego na
al. Santos foi interditado das
14h47 às 15h30, quando foi liberado parcialmente. A liberação total só ocorreu às 16h42.
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