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VESTIBULAR
Mudança pode aumentar a nota necessária para aprovação em carreiras menos disputadas; portões fecham às 13h45
Unicamp começa hoje com 2ª opção livre
DA REPORTAGEM LOCAL
O vestibular da Unicamp, que
começa hoje com a prova da primeira fase, tem um novo sistema
de segunda opção, mais flexível
do que nos anos anteriores e que
deve elevar a nota necessária para
a aprovação em carreiras pouco
disputadas. Algumas, como o
curso de física, matemática, matemática aplicada e computação, tiveram mais inscritos em segunda
opção do que em primeira.
Até o ano passado, os inscritos
podiam escolher apenas cursos
dentro de um grupo de carreiras
afins. O candidato de engenharia
elétrica, por exemplo, poderia optar apenas pelos cursos diurno e
noturno. Algumas carreiras, como química e filosofia, permitiam
apenas uma opção.
A partir deste ano, as escolhas
são livres, desde que a segunda
opção não exija prova de aptidão
(arquitetura, artes cênicas, dança,
educação artística, música e
odontologia). O candidato de engenharia elétrica, agora, pode escolher filosofia como segunda opção. "Algumas carreiras estavam
em uma redoma. Nós queremos
minimizar o trauma da escolha
profissional no vestibular", disse
Leandro Tessler, coordenador-executivo da comissão responsável pelo processo seletivo.
Outra implicação da mudança,
segundo ele, será a efetivação do
sistema de segunda escolha. No
último vestibular, somente cerca
de 30 candidatos foram aprovados em segunda opção.
O método de seleção dos candidatos continua o mesmo. Cada
coordenador de curso da Unicamp determina qual é a chamada nota mínima de opção e quais
são as disciplinas prioritárias
-que constam do manual do
candidato nas páginas 12 e 13.
Após a correção da segunda fase, todos são classificados em ordem decrescente de nota dentro
de cada curso. Então são chamados em primeira opção os primeiros da lista, mas que conseguiram
atingir o número mínimo de pontos determinado pelos coordenadores nas disciplinas prioritárias.
Em engenharia elétrica noturno, por exemplo, são chamados
os melhores classificados que tenham atingido nota 18 em matemática e em física.
Caso não haja candidatos suficientes de primeira opção que tenham atingido a nota mínima para preencher as vagas, o sistema
faz uma classificação com os vestibulandos que optaram pela carreira em segunda opção e escolhe
os que atingiram a nota mínima.
Por exemplo, se houver 150 inscritos que escolheram o curso de
geografia noturno em primeira
opção e que conseguiram passar
para a segunda fase, mas apenas
15 deles tiverem tirado mais de 30
em geografia, sendo que há 30 vagas, verifica-se se há candidatos
em segunda opção que tenham
conseguido essa nota mínima.
Eles então são convocados. Se
nem assim houver candidatos suficientes, são chamados os de primeira opção sem nota mínima.
Com esse sistema, os coordenadores puderam optar pela porcentagem aproximada de estudantes em segunda opção. Quanto maior a nota mínima escolhida, maior a chance de estudantes
em segunda opção serem aprovados, como é o caso de física noturno, que, como geografia, escolheu
nota mínima igual a 30.
Com essa mudança, Tessler espera que seja mais difícil entrar
em algumas carreiras, já que candidatos com boas notas, mas que
escolheram em primeira opção
cursos disputados como medicina, poderão preencher as vagas
em outros de menor procura.
(ANDRÉ NICOLETTI)
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