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Vereador nega ter tratado desse caso
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente da Câmara
Municipal de São Paulo,
Antonio Carlos Rodrigues
(PR), nega ter intercedido
junto ao prefeito Gilberto
Kassab (DEM) para que o
prostíbulo W.E. não fosse
fechado por falta de alvará.
Em entrevista à Folha,
Rodrigues afirmou que
não trataria de tais assuntos com Kassab. "Não sou
chinelinho a esse ponto."
Ele admite ter se encontrado com o coronel da reserva Wilson de Barros
Consani Jr., lobista do
prostíbulo que serviria para lavar dinheiro de suposto esquema de desvios do
BNDES. Mas ressalta que,
ao saber que Consani Jr.
trabalhava para um prostíbulo, pediu que seus assessores deixassem a demanda. "Vou solicitar ao
Ministério Público que
abra uma investigação e
pedir para ser ouvido pela
PF para esclarecer tudo."
A assessoria do vereador disse que Fabiano
Alonso, seu genro, não daria declarações.
Em entrevista concedida ontem, Kassab disse
que nada tem a ver com o
caso: "Não me diz respeito. A citação é unilateral,
nunca fui contatado em
relação a esse assunto e,
portanto, da minha parte,
não tenho nenhum esclarecimento a dar".
Advogado do coronel
afirma que seu cliente
nunca foi ajudado por Rodrigues; o de Manuel Fernandes de Bastos Filho,
apontado como dono da
W.E., diz que não tratou
do tema com seu cliente.
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