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Laudo vê falha em brinquedo onde menino foi morto
Polícia aponta conserto improvisado com
fita adesiva na janela do equipamento
Rafael Luis de Freitas
Porfírio, 12, teve a sua
cabeça prensada do lado de
fora da janela de brinquedo
em parque de Campinas
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS
Laudo da Polícia Civil sobre a
morte de um menino de 12
anos em um parque de diversões em Campinas (93 km de
SP), no último dia 28, apontou
que havia um conserto improvisado na janela do brinquedo
onde ele morreu.
A perícia apontou a existência de um remendo com fita
adesiva na janela de acrílico do
banco do brinquedo "Buzz
Lightyear" onde Rafael Luis de
Freitas Porfírio estava sentado.
Ele teve a cabeça prensada do
lado de fora da atração, entre a
janela e uma das barras externas que sustentam o aparelho.
Segundo a polícia, o menino
morreu após ter a cabeça esmagada pelo sistema de pêndulos
que faz a cabine do brinquedo
girar. Ele sofreu traumatismo
craniano e morreu no local.
A direção do parque "Magic
World Park" -que não está
mais instalado no local do acidente- foi procurada ontem,
mas ninguém foi localizado para comentar a perícia.
Na ocasião do acidente, o gerente administrativo do parque, Walace Pinto da Costa,
afirmou que a empresa não teve culpa na morte. Segundo ele,
o acrílico que protege a janela
do brinquedo estava intacto e
foi quebrado pelo menino.
"O brinquedo nunca ofereceu risco e jamais houve qualquer acidente com o aparelho.
É um brinquedo feito para
crianças e infelizmente alguém
deve ter empurrado o menino
na janela para ocorrer o acidente", disse Costa, na época.
O gerente do parque disse na
ocasião que o parque daria toda
a assistência necessária à família do adolescente e que esperaria o resultado da perícia.
Após o acidente, uma prima
de Rafael que estava sentada ao
lado dele no brinquedo disse
que a janela de acrílico já estava
quebrada quando os dois entraram no aparelho.
Segundo o laudo da polícia, a
identificação de uma fita adesiva transparente demonstrou
que a janela do brinquedo estava colada de maneira improvisada. A Polícia Civil ainda vai
ouvir representantes do parque
para concluir o inquérito.
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