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Bill Gates investirá em campanha contra o tabagismo
Serão aplicados US$ 500 mi em ações que visam aumentar impostos sobre o fumo e proibir cigarro em locais públicos
O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, vai arcar com metade do dinheiro da campanha, cujo foco são países em desenvolvimento
DO "NEW YORK TIMES"
O fundador da Microsoft, Bill
Gates, e o prefeito de Nova
York, Michael R. Bloomberg,
anunciaram que vão gastar
US$ 500 milhões para combater o tabagismo no mundo.
Paula Johns, diretora-executiva da Aliança Brasileira de
Controle do Tabagismo, participou da cerimônia em que foi
feito o comunicado ontem, em
Nova York.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que o tabaco vai matar mais de um bilhão de pessoas no século 21, a
maioria delas em países pobres
e emergentes. Na tentativa de
diminuir esse número, a fundação Bloomberg planeja investir
US$ 250 milhões em quatro
anos, além dos US$ 125 milhões
anunciados dois anos atrás.
A fundação Bill e Melinda
Gates investirá US$ 125 milhões em cinco anos
O dinheiro será gasto em
uma campanha chamada MPower, cujos objetivos são aumentar significativamente os
impostos sobre o cigarro, proibir o fumo em locais públicos,
proibir a publicidade que possa
atingir crianças e vetar a distribuição gratuita de cigarros.
Além disso, serão elaboradas
campanhas publicitárias contra o tabaco e a distribuição de
adesivos de nicotina (patches)
para ajudar pessoas a deixarem
de fumar.
A campanha vai concentrar
esforços nos cinco países que
mais consomem cigarros: China, Índia, Indonésia, Rússia e
Bangladesh.
O médico Richard Peto, epidemiologista que lidera um
grupo que estuda os efeitos do
fumo nos países em desenvolvimento, disse que o anúncio é
"uma notícia excelente".
"Eu estou certo de que isso
irá evitar milhões de mortes na
minha geração e centenas de
milhões na geração dos meus
filhos", disse.
Catherine Armstrong, porta-voz da British American Tobacco -uma das companhias ocidentais que focaram suas vendas no Terceiro Mundo-, não
comentou diretamente a iniciativa, mas disse: "Nós não temos problemas com organizações governamentais que educam sobre os riscos do tabaco".
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