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A vida entre as telas de cinema
DA REVISTA
Os indicadores sociais da Zona
Homogênea 2 estão um pouco
abaixo dos da ZH1, mas ambas
têm mais afinidades do que diferenças. Da zona 2 faz parte o Morumbi, onde está a maior concentração de chefes de família que ganham acima de 20 salários mínimos, mas a área também abriga
favelas como Paraisópolis e Real
Parque, que puxam os indicadores para baixo.
No geral, os hábitos dos moradores das zonas são muito próximos, com uma singularidade: é na
zona 2 que está a maioria dos jovens que elegeram o cinema como principal diversão.
Fatores como renda e educação
explicam a diferença entre as
áreas mais ricas e as mais pobres,
mas não a da frequência cinematográfica entre duas regiões tão
próximas.
De acordo com estimativas da
Rede Popular de Cultura, ONG
que leva cinema e teatro gratuito a
12 distritos das extremidades da
cidade, cerca de 80% a 90% das
crianças de até 12 anos da periferia nunca foram ao cinema. Já entre os adultos, esse percentual é de
cerca de 70%.
Isso não acontece nas áreas nobres, onde, além de maior oferta
de lazer, também há atividades
gratuitas de qualidade, afirma
Max Mu, coordenador da ONG.
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