São Paulo, segunda-feira, 24 de outubro de 2011

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Empresa de PE deve ser responsabilizada por lixo hospitalar

Polícia Civil está finalizando inquérito, mas caso deve ser avaliado pela Justiça Federal

FÁBIO GUIBU
DE RECIFE

A Polícia Civil de Pernambuco deverá responsabilizar a Império do Forro de Bolso, empresa que importou produtos classificados como lixo hospitalar dos EUA, por suposto envolvimento em crimes sanitários e ambientais, segundo a Folha apurou.
O inquérito, que investiga a presença de toneladas de lençóis com nomes de hospitais americanos em galpão da empresa em Caruaru (PE), não resultará, porém, no indiciamento do dono da confecção, Altair Moura.
A Polícia Civil não vai incriminá-lo porque a Justiça estadual se declarou incompetente para julgar o caso. O processo será repassado à Polícia Federal, que já investiga eventual crime de contrabando praticado pela empresa.Se a ação prosseguir, será julgada pela Justiça Federal.
O dono da confecção negou culpa no caso. Ele disse que não encomendou o lixo hospitalar e afirmou que seus materiais são "limpos".
O inquérito será concluído nesta semana. É possível que o laudo técnico não aponte sinais de resíduos biológicos, pois os tecidos já teriam passado por lavagem.

HISTÓRICO
Com sede em Santa Cruz do Capibaribe (a 205 km de Recife), a Império do Forro de Bolso, nome de fantasia da importadora Na Intimidade, comprou neste ano oito contêineres dos EUA.
Os dois últimos carregamentos foram abertos no porto de Suape (PE) e continham lençóis sujos de hospitais americanos, seringas e luvas usadas. O documento dizia que a carga era "tecido de algodão com defeito". A Folha descobriu que a empresa vendia os lençóis em suas lojas e comprou nove peças, algumas manchadas.



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