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PORTO VELHO
Cúpula de presídio é afastada por suspeita de maus-tratos
DA AGÊNCIA FOLHA
Suspeitos de maus-tratos e
tortura contra detentos, dois
diretores do presídio Urso
Branco, em Porto Velho, foram afastados dos cargos ontem por decisão da Justiça de
Rondônia. Cabe recurso.
No dia 9 de julho, um detento foi morto em rebelião.
O Ministério Público Estadual aponta que ele foi baleado na cabeça por um agente
após ser dominado na quadra da unidade prisional. Há
inquérito para o caso.
"O disparo foi desferido
quando os internos já estavam na quadra, sem, portanto, qualquer situação que
justificasse o uso de arma",
relatam os promotores Lisandra Nascimento Santos e
Rudson Silva, no pedido de
afastamento do diretor geral
do Urso Branco, Ricardo Augusto dos Santos, e do diretor
de segurança da unidade,
Hélio Pereira Cruz. Segundo
Silva, os dois diretores podem ser responsabilizados,
"no mínimo por omissão",
pela morte do preso.
O MPE afirma que, durante o motim, ao menos dez
presos foram baleados sem
apresentar resistência. Antes, no dia 6, outro detento
disse ter sido alvejado após
reclamar da qualidade da comida. O ferimento na perna,
segundo a Seapen (Secretaria da Administração Penitenciária), foi provocado por
estilhaços de uma bala.
O secretário-adjunto da
Seapen, Renato Eduardo de
Souza, afirmou que a secretaria vai recorrer da decisão
da Justiça de afastar os diretores do presídio Urso Branco. Ele diz não acreditar na
culpa ou omissão da cúpula e
negou que haja tortura e espancamentos no presídio.
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