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Em racha, policial civil perde o controle, atinge outro carro e mata rapaz
JULIANA COISSI
EM SÃO PAULO
Durante um racha, um policial civil de 25 anos provocou
um acidente que causou a
morte de um homem de 26
anos, anteontem à noite, em
Guarulhos (Grande São Paulo). O policial e outras três
pessoas ficaram feridos.
O racha ocorreu por volta
das 23h na avenida Lauro de
Gusmão Silveira, no bairro
São Geraldo. Segundo a polícia, o Gol dirigido pelo policial
Everton Silva Novais competia com um Voyage. Novais
perdeu o controle e atingiu
um terceiro carro, um Corsa,
também envolvido no racha.
Com o impacto, Paulo Rogério Martins, 26, ocupante
do Corsa, foi arremessado para fora do veículo e morreu.
Ficaram feridos no acidente
o policial, que teve traumatismo craniano, e Carlos Portugal da Silva Neto, 18, que estava no Gol com ele. Também se
feriram Ricardo de Almeida,
20, e Rafael Otoni Bucini, respectivamente motorista e
passageiro do Corsa.
Todos foram enviados para
o Hospital Geral de Guarulhos. O caso mais grave é o do
rapaz de 18 anos, que até o final da tarde estava internado
na UTI com traumatismo craniano. O quadro dos demais
feridos era estável.
Novais atua no Cepol, o centro de comunicações da Polícia Civil de São Paulo. Além de
responder por homicídio, lesão corporal e racha consumados, ele vai sofrer um processo administrativo, que pode levar à sua demissão.
Os outros feridos vão responder pelo crime de participar ou promover racha, cuja
pena (afiançável) varia de dois
meses a seis anos de prisão.
Há 20 dias, o 34º Batalhão
de Trânsito da PM prendeu
sete homens em flagrante
praticando racha na marginal
Pinheiros, em São Paulo.
Os adeptos do racha combinam o encontro por telefone,
reúnem-se em postos de gasolina e escolhem geralmente
grandes vias (como as marginais), segundo o comandante
interino do batalhão major
Ricardo Fernandes de Barros.
Itens dos carros, muitas vezes de modelos comuns, são
alterados para garantir maior
velocidade -como troca de
câmbio, mudança na suspensão e troca de peças do motor.
As alterações chegam a custar
R$ 30 mil, segundo o major.
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