São Paulo, terça-feira, 27 de setembro de 2011 |
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ANÁLISE Governo quer inclusão, mas ações ainda são pequenas JAIRO MARQUES COLUNISTA DA FOLHA Depois de dois anos de o Brasil ratificar a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência -criada pelas Nações Unidas -, o governo federal sinaliza que inclusão e respeito a esse grupo social devem ser para valer. O pacotão de iniciativas parece cobrir quase todas as áreas nevrálgicas quando o assunto é garantir mais cidadania para quem tem limitações físicas, sensoriais ou intelectuais: acesso à educação, ao emprego e à formação, à tecnologia inclusiva e à reabilitação. A mobilidade urbana e a moradia também são alvos da iniciativa, que fala em aquisição de ônibus adaptados e kits para dar "um tapa" em casas não amigáveis à acessibilidade, mas é pouco. Prédios públicos são contraexemplos de dizer "bem-vindo" a quem é cadeirante, é cego ou é surdo. Faltam rampas, elevadores, sinalização em braile e sonora etc. Apesar de prometer fomento à indústria para fabricar materiais que facilitam o dia a dia dos deficientes, não há nada no plano sobre isentar de impostos artigos indispensáveis para uma vida mais autônoma. Então, um par de muletas "levinho" pode continuar custando R$ 5.000. A presidente Dilma Rousseff tem a chance de criar caminhos para retirar milhões de pessoas de condições lamentáveis de "ir, vir e ficar". Texto Anterior: Dilma lança plano inédito para deficientes Próximo Texto: Passageira tem dificuldade para utilizar ônibus Índice | Comunicar Erros |
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