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Governo transfere Beira-Mar, Elias Maluco e mais cinco criminosos após obter laudo sobre bloqueador de celular
Líderes do CV são transferidos para Bangu
ANA PAULA CONDE
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Os sete líderes da facção criminosa CV (Comando Vermelho)
que estavam presos no Batalhão
de Choque da PM (Polícia Militar) do Rio foram transferidos na
manhã de ontem para o presídio
de segurança máxima Bangu 1
(zona oeste do Rio).
Num comboio composto por 30
carros da PM, foram transferidos
Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, Márcio
Nepomuceno, o Marcinho VP,
Marco Antônio Tavares, o Marquinhos Niterói, Marco Antônio
Firmino, o My Thor, Márcio Silva
Macedo, o Gigante, e Marcos Marinho dos Santos, o Chapolim.
Também foi ontem para Bangu
1 o traficante Celso Luiz Rodrigues, o Celsinho da Vila Vintém,
líder da ADA (Amigo dos Amigos), que estava preso em Niterói
(a 13 km do Rio).
A Secretaria de Segurança informou que a transferência foi decidida anteontem, depois que o
Dentel (Departamento Nacional
de Telecomunicações) emitiu um
laudo aprovando o bloqueador de
celulares instalado no presídio.
"Com o laudo, não havia motivo para os traficantes permanecerem no Batalhão de Choque. Fizemos a transferência de manhã por
medida de segurança. Tudo
transcorreu na maior tranquilidade", afirmou o comandante da
PM, Francisco Braz.
Braz negou que a transferência
tenha sido motivada por informações do serviço reservado da PM
de que os bandidos teriam planejado arrastões e fechamento de
comércio em diversos pontos da
cidade para facilitar uma fuga do
Batalhão de Choque durante as
eleições. "A operação já estava
planejada. Não tive nenhuma informação sobre essa ação dos
bandidos", disse.
O comboio com os líderes do
CV deixou o Batalhão de Choque
pouco antes das 6h e chegou a
Bangu às 6h40.
Os traficantes haviam sido
transferidos para as duas unidades após o motim do dia 11 de setembro, quando o grupo de Beira-Mar matou quatro rivais e deixou
Bangu 1 parcialmente destruído.
Elias Maluco, acusado de comandar o assassinato do jornalista
Tim Lopes, foi para o Batalhão de
Choque no dia 19 de setembro,
quando foi preso.
O secretário de Justiça, Paulo
Saboya, disse que Bangu 1 tem
agora 36 presos em celas individuais e divididos em três galerias,
uma do CV, uma do TC (Terceiro
Comando) e uma neutra.
Celsinho da Vila Vintém, ameaçado de morte por outros presos,
está na ala neutra. Segundo Saboya, dois dos transferidos do
BPChoque, que não tiveram seus
nomes revelados, pediram segurança de vida e estão isolados.
Saboya disse que Bangu 1 tem
condições de segurança para os
presos, com 16 câmeras de vídeo,
um bloqueador de celular e vidro
a prova de balas no parlatório, onde presos conversam com advogados. Cem PMs estão fazendo a
segurança ao redor do presídio.
"Bangu 1 é o melhor que nós temos. A fuga é impossível", disse.
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