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Para João Paulo, penúltimo lugar "não condiz" com seus feitos em Recife
FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE
O prefeito de Recife, João Paulo
(PT), disse que o resultado da pesquisa realizada pelo Datafolha,
que o coloca em penúltimo lugar
entre os nove avaliados, "não condiz" com os feitos de sua gestão.
"Nosso sentimento é que o levantamento não bate com o que
estamos fazendo na cidade." Ele
afirma que pedirá uma cópia da
pesquisa para "estudar" os números. Pré-candidato à reeleição,
João Paulo perdeu quatro posições no ranking dos prefeitos de
capitais, caindo da quarta posição
para a oitava em um ano.
João Paulo citou feitos de sua
administração para sustentar sua
argumentação. "Ampliamos em
500% as equipes de Saúde da Família, contratamos 1.400 professores concursados, investimos
nos morros", disse.
Neste ano, João Paulo enfrentou, entre outros problemas, vários protestos de perueiros contra
a lei que regulamenta a atividade.
Para o professor de teoria política da Universidade Federal de
Pernambuco Michel Zaidan Filho, "a administração (...) não
consegue definir uma marca pessoal". Ele diz que a dificuldade de
comunicação é maior na periferia, onde estão 60% do eleitorado
e onde o PT enfrenta a resistência
de grupos ligados ao governador
Jarbas Vasconcelos (PMDB).
"As ações de impacto, como a
transferência do Recifolia [Carnaval fora de época], da avenida à
beira-mar para Piedade, (...) só
agradaram à classe média."
Não é o que pensa a oposição.
"João Paulo engessou a construção civil com a limitação do tamanho dos prédios. Provocou desemprego ao regulamentar o
transporte alternativo", diz o vereador Jorge Chacrinha (PMDB).
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