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Para atrair a classe média, projeto da prefeitura prevê também escola de gastronomia e passarela até o Palácio das Indústrias
Mercado ganhará restaurantes e museu
DA REPORTAGEM LOCAL
O Mercado Municipal vai ganhar seis restaurantes, um museu
e uma escola gastronômicos e
uma passarela futurista, feita de
vidro e aço, que vai ligá-lo ao Palácio das Indústrias. As obras começam no final de julho com o
mercado funcionando.
Os restaurantes vão funcionar
num mezanino de cerca de 2.000
m2 que será construído dentro do
mercado, na face voltada para a
avenida do Estado. Só é possível
construir o mezanino porque o
prédio, projetado pelo escritório
de Ramos de Azevedo e inaugurado em 1933, tem um pé direito de
cerca de 15 metros.
A culinária será uma espécie de
tributo às colônias que construíram a cidade. Terá restaurante
português, italiano, espanhol, japonês, árabe e brasileiro. O secretário do Abastecimento, Valdemir Garreta, 38, tem planos de levar para lá versões mais populares
dos melhores restaurantes de São
Paulo, como o Antiquarius.
Essas atrações visam atrair de
volta para a região o público de
classe média. A passarela foi a maneira encontrada para romper o
isolamento do mercado. "A classe
média não frequenta a região porque ali não tem segurança e é tudo
ilhado", diz Garreta.
Para limpar o mercado de anexos que não faziam parte do projeto original, será construído um
subsolo com 1.065 m2 que abrigará banheiros, fraldário e vestiário
para os funcionários do mercado.
Docas serão construídas para facilitar a descarga de mercadorias.
O Mercado da Cantareira, em
frente ao Mercado Municipal,
uma espécie de feira livre em área
fechada, deve converter-se numa
área para artesãos e antiquários,
com dois bares e palco para show.
Ninguém sabe bem por quê, mas
a estrutura de aço desse mercado
menor, de 4.500 m2, foi coberta
por tijolos. A prefeitura quer recuperar a estrutura original.
O Mercado da Cantareira deverá disputar o público que frequenta a feira de antiguidades do
Masp (Museu de Arte de São Paulo) e da praça Benedito Calixto.
A primeira parte do restauro,
que inclui quatro dos seis restaurantes previstos, deve ficar pronta
em maio do próximo ano. A obra
está orçada em R$ 19 milhões.
Garreta quer conseguir mais R$ 11
milhões para concluir o projeto.
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