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AMBIENTE
Captação em rio é estudada como alternativa à exploração de um dos maiores mananciais de água subterrânea do mundo
Redução rápida de aqüífero leva a projeto com Mercosul
AFRA BALAZINA
FREE-LANCE PARA A FOLHA RIBEIRÃO
Com sua reserva 40 metros mais
baixa devido à intensa captação
para consumo público, o aqüífero
Guarani se transformou em alvo
de um projeto-piloto de preservação que mobiliza os integrantes
do Mercosul e o Daee, órgão estadual que gerencia os recursos hídricos de São Paulo.
Reduzir os vazamentos na rede
de captação de água, impedir a
construção de poços, diminuir o
consumo por habitante e usar
fontes alternativas são algumas
idéias em discussão visando impedir o esgotamento do aqüífero.
Com 1,2 milhão de km2, o aqüífero Guarani é um dos maiores
mananciais de água subterrânea
do mundo. A reserva abastece oito Estados brasileiros -71% dela
está no Brasil-, além do Paraguai, do Uruguai e da Argentina.
O projeto-piloto receberá
US$ 181,1 mil do GEF (Fundo Global para o Meio Ambiente).
Segundo o geólogo Osmar Sinelli, 68, integrante do comitê técnico do projeto, o rebaixamento
vem ocorrendo continuamente
nos últimos 30 anos em razão de
uma retirada maior de água do
que a resposta pelas chuvas. A
profundidade média do aqüífero
é de 250 metros.
Na cidade de Ribeirão Preto,
por exemplo, 100% do abastecimento é feito pelo aqüífero. Há 99
poços artesianos na cidade.
"No distrito industrial queriam
construir três poços. Permitimos
um. Se for ultrapassada a cota estipulada, deverá ser feita a retirada de água do rio Pardo", disse a
presidente do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente,
Simone Kandratavicius, sobre a
alternativa ao uso do aqüífero.
Segundo o diretor do Daee (Departamento de Água e Energia
Elétrica) e secretário-executivo do
Comitê de Bacia Hidrográfica do
Rio Pardo, Celso Perticarrari, o
Conselho Estadual de Recursos
Hídricos irá votar ainda neste ano
as áreas de restrição à captação de
água no Estado de São Paulo. "O
cerco está se fechando."
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