São Paulo, quinta-feira, 29 de setembro de 2011 |
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Advogado é acusado de abusar de filhos Filha afirmou à polícia que foi atacada dos 8 aos 16 anos; irmão, sobrinha e cunhada também fizeram acusações Na versão da filha, hoje com 18 anos, e de uma tia, mulher de suspeito sabia dos abusos; acusado não falou JEAN-PHILIP STRUCK RICARDO GALLO DE SÃO PAULO A polícia de Bauru (329 km de SP) investiga a suspeita de que um advogado tenha abusado sexualmente de um filho de 9 anos, da filha, hoje com 18, de uma sobrinha de 13 e também de uma cunhada de 18 anos. Segundo a polícia, o advogado S.L.F., 45, assessor jurídico do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bauru e Região, foi denunciado pela filha no dia 1º. A garota, ainda segundo a polícia, contou que foi abusada pelo pai dos 8 aos 16 anos. Ela disse, de acordo com informações passada pela polícia, ter sido apalpada nas partes íntimas e forçada a fazer sexo oral nele. A sobrinha e a cunhada fizeram acusações semelhantes à polícia. Os casos são anteriores a 2009, elas dizem. Ontem foi a vez do filho de 9 anos depor. Segundo a polícia, o menino diz ter sofrido abuso do pai recentemente. A delegada Priscila Alferes pediu anteontem a prisão temporária do advogado. A Justiça negou, alegando que, como as testemunhas já haviam sido ouvidas, o acusado não teria mais como interferir na investigação. A sentença, porém, determina que S. fique a cem metros da filha e da cunhada -o filho menor ficou de fora da decisão pois não havia prestado depoimento à polícia quando o pedido foi feito. Agora, a delegada deve pedir a prisão preventiva de S. "ELE É UM MONSTRO" À TV Globo, a filha de S. disse que foi à polícia ao saber que o pai também havia abusado da sobrinha e da cunhada. Ela afirma que, quando criança, contou o caso à mãe, mas nada foi feito. "Eu sei que o que ele fez é errado. Eu não quero ser igual à minha mãe e fingir que nada aconteceu. Eu quero tomar uma atitude, mostrar para todos quem ele é. Ele não é perfeito, é um monstro, pedófilo. Quem faz esse tipo de coisa não é pai, é um monstro. Eu tenho nojo dele." Cunhada de S., a tia que está com as crianças disse à Folha estar "revoltada" e "enojada" com o caso. Ela afirma nunca ter notado nada. Segundo a tia, o menino de 9 anos declarou à polícia que não entendia o que se passava, porque os "pais não falavam que era crime, que em família, podia". O que mais a chocou, diz, foi ter ouvido do garoto que o pai fez "xixi branco" no pé dele. Ao justificar a acusação, o pai falou a familiares que iria se tratar pois "estava doente", conforme a versão da tia. Ela acusa a irmã, mulher de S., de ser conivente. O casal sumiu, afirma. O advogado levou o computador e o celular de casa e os escondeu, diz a mulher, que pediu para não ter o nome revelado. S. já se candidatou a prefeito e vereador em Bauru pelo PSTU, mas não se elegeu. Ele foi coordenador da Comissão de Direitos Humanos da OAB. O PSTU informou que S. está fora do partido há três anos e exigiu apuração do caso. "Essas situações são fruto do modo de produção capitalista, que utiliza a opressão como meio de manter a exploração", diz o PSTU. Colaborou REYNALDO TUROLLO JR. Texto Anterior: Segurança: Comandante da Polícia Militar do Rio pede demissão Próximo Texto: Frase Índice | Comunicar Erros |
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