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Banco Mundial já propôs mudar ensino superior
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma política de influência
de organismos internacionais econômicos na educação nacional já se manifesta
desde os anos 90.
O documento do Banco
Mundial chamado "Higher
Education - The Lessons of
Experience" ("Educação Superior - As Lições da Experiência"), de 1994, defende
que universidades da América Latina deveriam abandonar o modelo de entidade
que faz pesquisa, e partir para faculdades "não-universitárias" (institutos técnicos,
cursos de curta duração).
Educadores criticam essa
visão. Roberto Leher, coordenador do Observatório
Social de Políticas Educacionais da América Latina, avalia que é uma tentativa de esvaziar as universidades.
Luiz Carlos Gonçalves Lucas, presidente da Andes
(sindicato de professores
universitários), afirma que
"não querem que a periferia
do mundo produza conhecimento e acumule capital".
Lauritz Holm-Nielsen, especialista em educação superior do Banco Mundial,
diz que o documento de
1994 "é velho e está ultrapassado". O banco lançou dois
outros documentos sobre o
assunto em 2002 -um geral
e outro sobre o Brasil, "Higher Education in Brazil:
Challenges and Options"
("Educação Superior no
Brasil - Desafios e Opções").
A análise deixa transparecer uma crítica a respeito da
regulamentação no Brasil.
"Nos anos 90, (...) as instituições privadas são praticamente dependentes de seus
cursos, sem mais ajuda de
recursos públicos, mas ainda estão sujeitas a vários tipos de controle público", diz
o documento. (APF)
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