Secretaria afirma que número de policiais é calculado com base em índices de criminalidade e número de moradores

DA REPORTAGEM LOCAL

A Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo não vê problema no fato de o número total de policiais ter reduzido 12,11% em relação ao número de habitantes do Estado nos últimos 11 anos. Afirma que a "quantidade absoluta" não foi diminuída e que o cálculo do efetivo para cada região, batalhão ou delegacia baseia-se em critérios técnicos, entre os quais índices de criminalidade locais, número de moradores e população flutuante.
Segundo nota divulgada ontem pela secretaria, todo município paulista possui um efetivo mínimo. O órgão afirma ainda que os índices de criminalidade vêm diminuindo a cada ano e cita como exemplo a redução de 2,6%, em todo o Estado, nas ocorrências do primeiro trimestre de 2006 comparada ao mesmo período de 2005..
Ainda de acordo com a secretaria, as polícias Civil e Militar têm uma política de contratação permanente de pessoal e, no momento, existem diversos concursos em andamento, como o de escrivão de polícia.
Há ainda 6.160 alunos em processo de formação na Academia de Polícia Militar. Todos, diz a nota, serão integrados aos quadros da secretaria.
A estrutura organizacional da polícia, afirma o governo, mudou nos últimos anos, o que levou a um aumento no número de policiais nas ruas. O órgão cita a contratação pela Secretaria da Administração Penitenciária de guardas de muralha para os presídios, deixando 4.000 policiais militares livres para o trabalho de patrulhamento ostensivo.
Há ainda, segundo a pasta, o caso das delegacias que deixaram de abrigar presos, liberando os policiais civis para o trabalho de investigação.

Policiais 24 horas por dia
Sobre a declaração de um delegado, de que os funcionários trabalham mais que o necessário, a secretaria afirmou que os funcionários têm uma jornada semanal de 44 horas, mas "nunca abandonam uma investigação no meio porque a jornada terminou. Todos são policiais 24 horas por dia, até nos momentos de folga".
Quanto ao fato de PMs atuarem sozinhos em carros de polícia, a secretaria diz que se trata de policiamento integrado, "capaz de assegurar-lhe condições mínimas de segurança". A SSP disse que também não há delegados acumulando mais de uma delegacia. Segundo a secretaria, isso só acontece quando o titular de um local sai de férias e o delegado da unidade mais próxima o substitui. (LUÍSA BRITO)


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