|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Sem-teto acampam em frente à prefeitura
Cerca 200 manifestantes estão no local e aguardam audiência com o prefeito
Várias barracas de lona de plástico e madeira foram armadas no viaduto do Chá, onde um bueiro também foi transformado em banheiro
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Um grupo de 200 militantes
da FLM (Frente de Luta por
Moradia), que reúne 12 movimentos sem-teto, acampou em
frente ao prédio da Prefeitura
de São Paulo, no viaduto do
Chá, ontem de madrugada. Os
manifestantes exigem uma audiência com o prefeito Gilberto
Kassab (PFL) para discutir políticas habitacionais para trabalhadores de baixa renda.
O prefeito não recebeu os
sem-teto e, em nota, informou
que determinou a criação de
uma comissão formada por
funcionários das secretarias de
Habitação e de Governo para
avaliar as reivindicações.
No meio da tarde, coordenadores dos sem-teto se reuniram
com assessores do prefeito para discutir uma pauta com 14
pedidos. A Secretaria de Habitação informou por meio de nota que já destina recursos para
atender famílias de baixa renda. Os manifestantes alegam
que o governo não se comprometeu a ampliar o Bolsa-Aluguel. Em assembléia realizada
às 20h30, os sem-teto decidiram manter o acampamento
para insistir numa audiência
com o prefeito. O objetivo é
conseguir respostas concretas
às reivindicações.
Os sem-teto chegaram ao
viaduto do Chá com madeiras e
lonas de plástico e armaram várias barracas. Um bueiro no local foi transformado em banheiro público.
Entre os manifestantes estavam integrantes do MSTC
(Movimento Sem Teto do Centro), que reivindicam o restabelecimento da energia elétrica
do prédio ocupado por sem-teto na avenida Prestes Maia, na
região central.
A invasão é considerada a
maior ocupação vertical do
Brasil. Em abril, uma decisão
do Tribunal de Justiça adiou
por tempo indeterminado a
reintegração de posse.
A coordenadora-geral do
MSTC, Ivanete de Araújo, disse
que o corte foi uma "violência"
às 468 famílias que vivem no local e o risco de incêndio continua devido ao uso de velas.
Em nota, a Eletropaulo explicou que o corte foi feito por medida de segurança. Segundo a
empresa, um curto-circuito no
local colocou em risco o abastecimento de toda a região.
(REGIANE SOARES)
Texto Anterior: Sistema prisional: Preso acusado de traficar droga com pipa Próximo Texto: Trânsito: CET suspende contrato de radar com empresas Índice
|