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Garoto morre em parque de diversões
Rafael Luis de Freitas Porfírio, de 12 anos, teve a cabeça prensada ao colocá-la para fora da janela de um brinquedo em movimento
Secretaria da Segurança Pública diz que a estrutura de proteção do Ônibus Espacial, de acrílico, estava quebrada; família confirma
DA AGÊNCIA FOLHA
Um adolescente de 12 anos
morreu na noite de anteontem
vítima de um acidente em um
brinquedo do parque de diversões "Magic World Park", em
Campinas (distante 93 km da
cidade de São Paulo).
De acordo com informações
da família, por volta das 19h30
de sábado, o garoto Rafael Luis
de Freitas Porfírio teve a cabeça prensada ao colocá-la para
fora da janela com brinquedo,
chamado Ônibus Espacial, em
movimento.
O brinquedo faz um movimento circular de subida e descida, impulsionado por uma espécie de braço mecânico.
No momento do acidente,
com o brinquedo praticamente
no chão, o braço passava rente à
janela do ônibus e atingiu o menino, que estava de pé.
Proteção quebrada
A Secretaria da Segurança
Pública do Estado informou
que a estrutura de proteção do
Ônibus Espacial, de acrílico, estava quebrada. A família do jovem confirma a versão.
"A gente já estava quase indo
embora, era o último brinquedo", explicou a empregada doméstica Rosangela do Carmo
Aleixo, 35, tia do menino que o
acompanhava no parque de diversões com a avó do garoto e
outros cinco primos de Rafael.
"Parecia ser um brinquedo
inocente. Até a avó dele andou e
disse que tinha gostado. Um
dos lados do brinquedo estava
sem a proteção e a outra estava
quebrada", disse Rosangela.
O caso foi registrado no 1º
Distrito Policial de Campinas e
será investigado por meio de
um inquérito policial aberto no
3º DP, como homicídio culposo
(sem intenção).
O "Magic World Park" está
montado na avenida Império
do Sol Nascente, no bairro Jardim Aurélia, na periferia de
Campinas.
O corpo do garoto foi enterrado ontem à tarde.
A Prefeitura de Campinas
informou, por meio de sua
assessoria de imprensa, que
não tinha como checar ontem
se a situação do parque de
diversões está legalizada. A assessoria afirmou também que
tomaria providências e analisaria o caso hoje.
Mãe é hospitalizada
A reportagem não conseguiu
localizar ontem os responsáveis pelo parque de diversões.
A página da empresa na internet disponibilizava apenas
e-mails para contato.
Segundo o site, o parque funciona no local desde o dia 21 de
junho. O preço anunciado do
ingresso é de R$ 10.
A tia da criança disse que os
responsáveis pela administração do parque deixaram com
ela um cartão e se comprometeram a pagar o enterro.
O cartão foi entregue para a
mãe do menino, que passou
mal e teve de ser hospitalizada.
Ela não conseguiu acompanhar
o sepultamento.
(MATHEUS PICHONELLI, DEH OLIVEIRA E EDSON VALENTE)
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