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Agência ambiental passou a usar bactéria mais resistente para avaliar qualidade de balneabilidade no litoral paulista
Cetesb amplia rigor para analisar praias
FAUSTO SIQUEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS
Um critério técnico mais rigoroso vai nortear a avaliação da qualidade da água das praias paulistas
a partir da temporada de verão
deste ano. Desde o boletim do último dia 12, a Cetesb (agência ambiental paulista) deixou de usar
como indicador de balneabilidade a bactéria Escherichia coli e
adotou os enterococos, mais resistentes no ambiente marinho.
As duas bactérias são de origem
fecal, presente nos esgotos, principal fator de poluição das praias.
Com um indicador de caráter
mais restritivo, é de se esperar
uma quantidade maior de praias
com classificação "imprópria".
No boletim do último dia 12,
quase a metade dos 148 pontos de
coleta de amostras em 128 praias
paulistas estavam impróprios para banho. Mas, nesse caso, a Cetesb atribuiu o problema a dois
períodos de chuvas fortes -que
carregam o esgoto para o mar-
na segunda quinzena de outubro.
No boletim da última quinta-feira, entre os 148 pontos analisados,
havia 30 (20,3%) impróprios.
"O enterococos é o melhor indicador porque sobrevive mais nessa condição. Os coliformes e a Escherichia coli morrem mais rapidamente. Nas águas com mais enterococos, os banhistas ficam
mais doentes", afirmou a gerente
do Setor de Águas Litorâneas da
Cetesb, Claudia Lamparelli.
Segundo ela, os enterococos indicam a presença de outras bactérias ou vírus capazes de provocar
gastroenterites, cujos sintomas
principais são febre e vômito.
A mudança de critério exigiu
uma adaptação dos laboratórios
da Cetesb à nova situação. Houve
necessidade de aquisição de novos aparelhos, de mudança de
procedimentos técnicos e do material usado nos testes.
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