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Entidade pretende colocar todos os comprimidos do coquetel anti-Aids na mesma cartela ou na mesma cápsula
Programa da OMS busca simplificar tratamento da Aids
DA REPORTAGEM LOCAL
O grande número de comprimidos do coquetel anti-Aids, e
suas tomadas em diferentes horários, estão entre as principais causas de abandono do tratamento.
Amanhã, Dia Mundial de Combate à Aids, a OMS (Organização
Mundial da Saúde) anunciará um
programa para simplificar o tratamento da doença e para aumentar
o número de pessoas com acesso
aos remédios.
O primeiro plano é colocar numa mesma cartela todos os comprimidos, de forma que o paciente tenha maior controle sobre as
tomadas. O segundo, mais ousado, é convencer os laboratórios a
juntarem seus remédios numa
mesma cápsula. "O problema é
que cada laboratório produz uma
droga diferente dentro do coquetel", diz Marco Antonio Vitória,
assessor médico do departamento de Aids da OMS em Genebra,
na Suíça.
A Índia já vem fazendo isso com
boa parte dos remédios do coquetel e a organização Médicos Sem
Fronteira já vem empregando o
esquema em projetos pilotos.
"3 em 5"
O plano da OMS, que considera
a Aids uma situação de emergência nos países pobres e em desenvolvimento, foi batizado de "3 em
5". "A intenção é fazer com que
até 2005, 3 milhões de pessoas
nesses países estejam tomando a
medicação anti-Aids de forma
sustentada", diz Vitória.
Hoje, 300 mil pessoas recebem
as drogas, 130 mil no Brasil.
Além de simplificar a tomada
dos remédios, a OMS vai criar
equipes que irão aos países pobres criar planos de tratamento.
Os países que tiverem condições,
serão incentivados a produzir
medicamentos genéricos e similares. "Só não abrimos mão da qualidade", diz Vitória.
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